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Projeto Diálogos com a Enfermagem promove seu primeiro evento virtual em 2022


28/03/2022

Ascom/Cogepe

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O projeto Diálogos com a Enfermagem: Vivenciando a Maternidade no Trabalho promoveu na última quarta-feira (23) a primeira live do ano com o tema saúde da trabalhadora em foco. O debate foi promovido por um painel interdisciplinar, composto por especialistas de diferentes áreas que integram o campo da saúde do trabalhador. São elas: Marisa Augusta (CST/Cogepe), Flávia Lessa (Nust/CST), Mônica Olivar (Nupss/CST), Marta Montenegro (Nupss/CST), Isis Letícia (Nust/CST) e Carla Pepe (Naia/CST).  A mediação foi feita por uma das coordenadoras da iniciativa, a enfermeira do Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust/CST) Michelle Caldas, que apresentou as participantes e dialogou com os temas abordados por cada uma delas.

Mulheres no mercado de trabalho e as doenças que as acometem

A primeira convidada foi Isis Letícia (Nust/CST), outra coordenadora do projeto, que falou sobre o perfil da mulher trabalhadora. Em sua fala, Isis destacou a manutenção da dificuldade da inserção das mulheres no mercado de trabalho, onde mesmo sendo a maioria da população com idade para trabalhar, as mulheres veem os homens ocupando esses postos. “A Taxa de participação da força de trabalho da mulher ainda é bem inferior à dos homens” destacou.

A médica do trabalho Flavia Lessa, responsável pelo Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust) falou sobre um tema muito abrangente que é a saúde da mulher. A chefe do Nust/CST fez um alerta logo no início de sua explanação: “o excesso das obrigações trabalhistas, laborais, faz com que as mulheres acabem deixando de lado os seus cuidados pessoais e com sua saúde como: práticas de exercícios, momentos dedicados ao lazer. Essas práticas são essenciais para o bem-estar da mulher” disse. A servidora falou ainda sobre as principais doenças que acometem as mulheres trabalhadoras, como: LER, dort, síndrome do Burnout, enxaqueca e ansiedade.

Poema emociona participantes da live

A poeta Carla Pepe, servidora do Núcleo de Atenção Integral à Aposentadoria (Naia/CST) participou do evento discutindo as peculiaridades da mulher no trabalho e ser mulher trabalhadora. Carla destacou o dia da mulher, celebrado em 8 de março, como sendo uma data muito emblemática, por se tratar de um dia em que se relembra e se reafirma todas as lutas do cotidiano. Carla finalizou sua participação declamando um poema de sua autoria, dedicado a continuar reafirmando a existência das mulheres. Clique aqui e assista ao trecho da declamação

Saúde mental e assédio pautam depoimentos

A psicóloga do trabalho Marta Jogaib (Nupss/CST) ficou encarregada de abordar a discussão sobre o trabalho produtivo – que é relacionado ao trabalho assalariado –, e o trabalho reprodutivo – associado às atividades domésticas de cuidado e de criação de filhos –. Marta destacou a importância de situar a compreensão sobre saúde mental no trabalho. “Quando a gente pensa em saúde mental no trabalho, na Fiocruz, a gente busca sempre considerar questões de raça, de gênero, de classe e quanto essas questões também vão contribuir para a vida relacionada à saúde mental” frisou.

Os avanços e retrocessos nos direitos da mulher trabalhadora nortearam a fala da assistente social Monica Olivar (Nupss/CST). Monica apresentou dados e destacou que uma das primeiras coisas a ‘desaparecerem’ durante a pandemia foram as vagas de emprego para mulheres. Devido a esse impacto, áreas conhecidas tradicionalmente por empregar mulheres, como o comércio, serviços e hotelaria, deixaram de contratar ou passaram a demitir mulheres. Ela destacou também a convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho, que entrou em vigor em junho de 2021, sobre violência e assédio no trabalho que infelizmente foram ratificadas por apenas três países.

A necessidade do olhar diferenciado para a mulher trabalhadora

A coordenadora de Saúde do Trabalhador da Fiocruz, Marisa Augusta, encerrou as participações na live com uma fala sobre a importância de um olhar diferenciado sobre a mulher trabalhadora. Em uma síntese das falas anteriores, Marisa destacou que a mulher é um sustentáculo social, independentemente de estar ou não no local de trabalho, sendo a mulher o motor da economia mundial. Por fim, a coordenadora fez um apelo para a compreensão de gênero além do discurso, que sejam questões concretas de reconhecimento e oportunidade de condições de trabalho às mulheres.

Clique aqui e assista à live completa no canal da Cogepe no YouTube.

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