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PMA e Rede PMA-APS na III CLACSO e 9º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde


11/12/2023

Por PMA/VPPCB

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Apresentação da Roberta Gondim na III CLACSO

A III Conferência Latino-americana Caribenha do Pensamento Crítico em Saúde (CLACSO) aconteceu nos dias 30 e 31/10. O auditório do Instituto Aggeu Magalhães (IAM), foi tomado por discussões a respeito de temas estratégicos para a saúde pública de países sul-americanos e caribenhos: pensamento crítico latino-americano em saúde; epidemiologia e saúde socioambiental; refundação dos sistemas de saúde; e participação de movimentos sociais e territoriais pela soberania sanitária foram abordados nas mesas de trabalho.  

No segundo dia da conferência, a coordenadora de uma das pesquisas da Rede PMA-APS, Roberta Gondim (ENSP), participou da mesa de trabalho “Feminismos decoloniais: racismo e saúde”. Ela apresentou iniciativas de mulheres negras, que se debruçam sobre a temática Saúde da Mulher Preta convergindo academia e ativismo, com o objetivo de contribuir para que as bases epistêmicas de políticas e práticas de saúde sejam pensadas a partir da perspectiva do feminismo negro latino-americano.  

Entre os exemplos, está a pesquisa coordenada por ela na Rede PMA-APS “Marcador social de raça, acesso e cuidado à população em situação de rua na APS em busca de formas colaborativas de produção de ‘saber-intervenção’ contra o racismo “, que lançou exposição no MUHCAB em cartaz até o dia 14 de janeiro do ano que vem. “Nosso trabalho é comprometido e realizado com e para as mulheres negras. Levando à última potência a noção de ‘nada sobre nós, sem nós’”, concluiu a pesquisadora. Para Roberta, a Saúde Coletiva não comprometida com a transformação social contradiz os conceitos que definem esse campo.


Mesa comunicação oral sobre Política de ST/VISAT e Precarização do Trabalho I 

Entre os dias 01,02 e 03/11, o IAM e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) receberam milhares de pessoas para o 9º CSHS.  O tema do encontro nacional foi “Emancipação e Saúde: decolonialidade, reparação e reconstrução crítica". A equipe de gestão do PMA, representada por Rosane Marques de Souza, participou da roda de conversa sobre racismos, decolonialidade, branquitude e ações afirmativas. Ela apresentou o relato de experiência do Programa sobre os desafios e aprendizados institucionais, via produção de edital, para fomentar pesquisas que produzam resultados aplicáveis em políticas públicas contra opressões estruturais da sociedade brasileira. 


Rosane de Souza, da equipe de gestão do PMA, após apresentação de trabalho

Durante sua fala, Rosane destacou que a virada de chave do Edital PMA 2023 ocorreu na tentativa de operacionalizar a inclusão de populações historicamente marginalizadas e vulnerabilizadas no fazer pesquisa: “Muitos pesquisadores entendiam as recomendações dos editais anteriores a respeito desses grupos como público-alvo. Nós buscamos deslocar isso, queremos que essas pessoas façam parte da pesquisa e não sejam apenas objeto de análise”.

No auditório Denis Bernardes, Angélica Fonseca e Renato Santos, integrantes da equipe de pesquisa “Desafios do Trabalho na APS na perspectiva dos Trabalhadores”, coordenada por Márcia Morosini (ESPJV), participaram da comunicação oral curta sobre Política de ST / VISAT e Precarização do Trabalho I. Eles falaram sobre como a precarização atravessa os campos do trabalho e política dentro do contexto da pandemia causada pelo coronavírus. “Existe uma experiência frequentemente compartilhada com trabalhadores sobre como o trabalho tem se tornado mais intenso, mais desgastante e com demanda cada vez maior por resultados”, afirmou Angélica.


Mesa comunicação oral sobre Política de ST/VISAT e Precarização do Trabalho I  

A equipe do “SuperSUS na Atenção Primária: para inovar a prevenção e promoção da saúde”, coordenada por Islândia de Sousa (IAM), apresentou trabalho a respeito da comunicação sobre APS com jovens durante o desenvolvimento do SuperSUS APS PICS e exibiu o jogo para uma equipe de agentes comunitários de saúde da Unidade de Saúde da Família (USF) Engenho do Meio. “A ideia é que o jogador se coloque no lugar de vocês (ACS). É para popularizar o que os ACS fazem e qual a importância desse trabalho”, pontuou a coordenadora. Fernanda Barbosa detalhou que o jogo segue uma linha temporal a partir da década de 90 com a criação da categoria, e outros marcos como a criação do consultório de rua e academia da saúde.


Equipe USF de Engenho do meio com o certificado de equipe amiga do SuperSUS

Em seguida a equipe abriu para perguntas e os ACS presentes confirmaram que as situações e falas são muito próximas das realidades que eles vivem. Depois de muita troca entre profissionais e pesquisadores, foi oficializada a parceria entre a equipe de pesquisa e a USF Engenho do Meio. Agora a USF é amiga do SuperSUS! Isso significa que os agentes jogarão o SuperSUS APS PICS, podendo contribuir com observações e ajudando a divulgar o jogo na comunidade. Além das atividades mencionadas, integrantes da pesquisa também fizeram apresentações sobre o impacto da pandemia na saúde mental de estudantes do sertão pernambucano e da construção do jogo SuperSUS-COVID.


Participantes e ouvintes da comunicação oral curta Racismos nas políticas públicas e na assistência à saúde

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