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Pesquisadora é premiada por trabalho sobre a transmissão da malária em Porto Velho


01/09/2016

Fonte: Informe Ensp

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A pesquisadora Jussara Rafael Angelo, do departamento de Endemias Samuel Pessoa (Densp), recebeu o Prêmio Jovem Pesquisador, concedido pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), na categoria pós-doutorado. Jussara, também membro do Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Empreendimentos (LabMep/Ensp/Fiocruz), alcançou a segunda colocação com o trabalho Modelagem Espacial Dinâmica dos Determinantes Sociais e Ambientais da Malária e Simulação de Cenários 2020 para Município de Porto Velho - RO, cujos objetivos foram analisar os determinantes sociais e ambientais da malária em Porto Velho, no período 2010-2012, e elaborar um modelo espacial dinâmico para a endemia. O prêmio, concedido durante o 52° Congresso Brasileiro de Medicina Tropical, ocorreu em Maceió entre 21 e 24 de agosto.

O Prêmio Jovem Pesquisador contemplou as categorias aluno de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Por meio da competição, a Sociedade Brasileira de Medicina Tropical objetiva reconhecer e estimular os trabalhos de jovens pesquisadores na área de medicina tropical. A cerimônia de premiação ocorreu durante a abertura do 52° Congresso. O primeiro lugar de cada categoria recebeu R$ 1,000; o segundo e o terceiro foram agraciados com menção honrosa.

O trabalho apresentado por Jussara Angelo é fruto de sua tese de doutorado e elaborou três cenários de transmissão da malária para o ano 2020: o Cenário Otimista, Cenário Intermediário e Cenário pessimista, os quais foram definidos segundo a velocidade de redução do Índice Parasitário Anual (IPA) no município e a intervenção dos serviços de saúde. 

Os resultados mostraram que o IPA vem apresentando redução no município de Porto Velho, bem como em todo o Estado de Rondônia, apesar de ainda se constituir um grave problema de saúde pública pelo alto número de casos. A distribuição espacial do IPA mostrou maior risco nas proximidades da Usina Hidrelétrica de Jirau e no entorno da área urbana de Porto Velho. O resultado dos cenários, entretanto, revelou, nas três simulações, a permanência da malária na área periférica da área urbana de Porto Velho. “O trabalho evidenciou processos socioespaciais importantes que têm contribuído tanto de forma positiva como negativa na transmissão da malária, por exemplo a expansão do agronegócio, a expansão da indústria barrageira e o processo de urbanização”, afirmou a pesquisadora.

Com relação ao prêmio, Jussara ressaltou a importância do reconhecimento acadêmico. “Fiquei muito feliz com a premiação. É uma satisfação ter o reconhecimento da comunidade científica acerca do trabalho que venho desenvolvendo. Esse prêmio é um grande estímulo para pesquisadores em início de carreira, como é o meu caso. É a certeza de que meu trabalho está caminhando na direção certa!”, afirmou.

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