Pesquisa revela situação do atendimento a menores de 6 meses

Pesquisa revela situação do atendimento a crianças menores de 6 meses

Equipe de pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) volta a avaliar a qualidade da assistência prestada à criança nos primeiros seis meses de vida em unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS) no município do Rio de Janeiro dez anos após a primeira pesquisa. O projeto, que conta com financiamento da Faperj e da Fiocruz, foi desenvolvido sob coordenação das pesquisadoras Maria do Carmo Leal, atual vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, e  Silvana Granado e Sônia Bittencourt, do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde da Ensp. Durante sete meses, 1.082 mães foram entrevistadas para uma avaliação sobre a estrutura dos serviços oferecidos quanto ao processo de atenção à saúde.

As mães entrevistadas foram selecionadas em 27 unidades do Rio de Janeiro durante o período de junho de 2007 e janeiro de 2008. A recusa em responder ao questionário por parte das mães foi inferior a 2%. Um dos pontos levantados pela pesquisa, com relação à caracterização das unidades, diz respeito ao acolhimento mãe-bebê nas unidades, ou seja, se a mãe já sai da maternidade com o cartão da criança e já é encaminhada para algum centro de saúde para futuras consultas. Quase 90% das unidades fazem esse procedimento.

A pesquisa revelou um problema quanto ao recebimento da caderneta de acompanhamento da criança. Quase 100% das mulheres ouvidas receberam a caderneta ainda na maternidade, só que foram encontrados cinco diferentes tipos de cadernetas circulando nos centros de saúde. "Cada profissional que assume uma unidade de saúde acredita que a caderneta de saúde em uso seja ruim e faz alterações, por isso encontramos esse número grande na pesquisa", explica Silvana Granado.

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