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Pesquisa estima o custo da esquistossomose para o Brasil


09/01/2019

Por: Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

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US$ 41,7 milhões ou o equivalente a cerca de R$ 155 milhões. Essa é a estimativa do ônus econômico da esquistossomose no Brasil de acordo com um estudo publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. O montante foi calculado com base em uma abordagem de prevalência e de perspectivas sociais. A edição de janeiro do periódico, que reúne sete artigos sobre temas de importância para a saúde pública, está disponível para acesso gratuito online.
Caramujos do gênero Biomphalaria são hospedeiros do verme Schistosoma mansoni, transmissor da doença (Foto: Grupo de Helmintologia e Malacologia Médica)

O estudo incluiu 26.499 indivíduos infectados, sendo 397 casos hepatoesplênicos - que afetam o fígado e baço -, 48 casos com a forma neurológica, 284 internações e o cálculo de mais de 11 ‘Anos de Vida Perdidos’ (AVP) dos quais, pouco mais de 5 são atribuíveis a grupos etários economicamente ativos. A doença parasitária é causada pelo verme Schistosoma mansoni, que tem caramujos do gênero Biomphalaria como hospedeiros intermediários e seres humanos como hospedeiros definitivos. Desafio para a saúde pública, a persistência do agravo resulta na perda de produtividade e requer intervenções intersetoriais em áreas como abastecimento de água, saneamento básico e educação.

O periódico também destaca uma investigação sobre a prevalência de infecções virais transmitidas por roedores em assentamentos rurais da região Centro-Oeste. Dos indivíduos testados, foram detectadas infecções para ortohantavírus e mammarenavírus. Esses colonos rurais viviam sob infraestrutura precária, desvantagens socioeconômicas e condições insalubres, que representam riscos para as infecções. O estudo alerta para a importância do desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a melhoria da saúde, saneamento e conscientização das doenças transmitidas por roedores, como a hantavirose, em acampamentos e assentamentos improvisados, a fim de reduzir a morbimortalidade causada por esses agravos. 

A dengue é tema de dois estudos da edição de janeiro das ‘Memórias’. Um deles apresenta a dinâmica de dispersão do genótipo IIB do DENV-4 pelo Estado de São Paulo e o outro avalia a importância da investigação do fluido cérebro-espinhal de pacientes, da região Amazônica, com suspeita da infecção viral por dengue no Sistema Nervoso Central (SNC).

Conheça a edição e acesse todos os artigos.

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