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Pesquisa aponta relação entre condições de saúde e sensação de felicidade em idosos


23/01/2013

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Por: Renata Moehlecke / Agência Fiocruz de Notícias

O bem-estar de indivíduos é a principal meta a ser alcançada por algumas políticas públicas e ações de saúde, principalmente quando se trata da população idosa. Atentos ao fato de que existem poucos estudos voltados para a análise da relação do sentimento de felicidade com as condições de saúde na terceira idade, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) resolveram ajudar a preencher esta lacuna: durante um ano, eles entrevistaram 1.431 idosos, com idade média de 69,5 anos, moradores da área urbana da cidade a fim de verificar como se estabelece essa ligação. Os resultados da pesquisa, publicados na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, indicaram que a sensação de felicidade está positivamente associada a diversos indicadores de saúde.

"O estudo é um dos primeiros, em base populacional, que verifica as relações das condições de saúde com o bem-estar subjetivo de idosos. Avalia-se que os resultados desta pesquisa possam contribuir para ampliar o conhecimento desse tema no Brasil, apontando a importância de se incorporarem indicadores de bem-estar, entre eles o sentimento de felicidade, na avaliação e no desenvolvimento de programas de atenção à saúde da população idosa", destacam os pesquisadores. "As prevalências do sentimento de felicidade nas últimas quatro semanas [anteriores a pesquisa] foram: 35,4% todo o tempo, 41,8% a maior parte do tempo, 14,5% alguma parte do tempo, 7,2% pequena parte do tempo, e 0,01% nunca", afirmam os estudiosos.

Segundo os estudiosos, os dados apontaram que os idosos que se sentem felizes por mais tempo são casados, trabalham, são ativos no lazer, ingerem bebidas alcóolicas ocasionalmente, consomem frutas, legumes e verduras todos os dias, não são obesos e apresentam um tempo de sono inferior a dez horas e dormem bem. Além disso, relataram serem mais felizes também aqueles que não apresentam uma ou mais doenças crônicas, que avaliam melhor sua própria saúde e apresentam menos incapacidades. "Há evidências de que a ingestão moderada de bebida alcóolica também pode atuar de maneira protetora para algumas doenças cardíacas e em quadros de depressão", explicam. "Por outro lado, a literatura aponta que o consumo abusivo é prejudicial por ampliar não só o risco de acidentes e violências, mas também de doenças como cirrose, câncer e doenças cardiovasculares".

Leia a reportagem na íntegra.

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