10/02/2009
Pesquisa analisa qualidade do ar em bairros do RJ
Tese de doutorado do químico industrial Vinicius de Oliveira, defendida na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz, destaca que os projetos de pesquisa são elaborados sem a participação dos gestores, dificultando a formulação de políticas públicas para melhorar a qualidade do ar no Rio de Janeiro. O estudo analisou a concentração dos poluentes monitorados pelas estações da qualidade do ar situadas em quatro bairros cariocas: São Cristóvão, Centro, Tijuca e Copacabana.
O monitoramento mostrou que, em 2001, na estação da Tijuca, na Zona Norte, dos 279 dias avaliados naquele ano, em 90 dias, a qualidade do ar foi considerada boa e, nos outros 189 dias, foi regular. Já em 2004, essa mesma estação fez medições nos 366 dias do ano, sendo 232 dias de boa qualidade e 134 dias de qualidade regular. Na estação de Copacabana, na Zona Sul, entre 2001 e 2004, o número de dias com boa qualidade do ar subiu de 151 para 283, enquanto o número de dias com qualidade do ar regular caiu de 166 para 83. Padrão similar – com aumento dos dias com qualidade do ar boa e diminuição dos dias com qualidade regular – também foi observado nas duas outras estações.
O pesquisador sugere ainda a formação de um comitê gestor da qualidade do ar na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que poderia ser acolhido pelo conselho de meio ambiente ou pelo conselho de saúde, ou até possuir uma figura jurídica própria.
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