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Parasitos de répteis e anfíbios de toda a América do Sul são listados em livro

Imagem de duas mulheres segurando o livro lançado pelo IOC

02/06/2014

Fonte: IOC/Fiocruz

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Um catálogo atualizado com informações sobre todas as espécies de parasitos da classe Trematoda descritas na América do Sul. Essa era a proposta das pesquisadoras Anna Kohn e Berenice Fernandes quando começaram a trabalhar no projeto, nos anos 1980, ao lado de outros pesquisadores do Laboratório de Helmintos Parasitos de Peixes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). No entanto, o material reunido já foi suficiente para dois livros, e um terceiro ainda está a caminho.

O segundo volume da série – intitulado South American Trematodes Parasites of Amphibians and Reptiles – foi lançado nesta sexta-feira, 30 de maio, durante a sessão do Centro de Estudos que encerrou a programação científica especial pelos 114 anos do IOC/Fiocruz. A publicação lista 215 micro-organismos da mesma classe encontrados em anfíbios e répteis da região. Além de informações sobre características morfológicas, local e ano da descrição do parasito, o livro apresenta 207 figuras.

“Em 1969, eu já tinha editado um catálogo sobre parasitos trematódeos do Brasil, junto com os professores Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas. Nosso objetivo era atualizar este livro e ampliar a abrangência para toda a América do Sul, já que os parasitos não veem fronteiras. Mas nos deparamos com um volume muito grande de material e tivemos que dividir a publicação”, conta Anna, explicando que separar os parasitos por tipo de hospedeiro foi a solução encontrada.

O primeiro volume do catálogo, editado também pela pesquisadora Simone Coehn, em 2007, reuniu 460 espécies de trematódeos parasitos de peixes da América do Sul. “Essa é uma publicação muito importante para quem trabalha com helmintologia. Com todas as informações reunidas em um catálogo, os pesquisadores podem identificar rapidamente se os parasitos encontrados por eles já foram descritos antes ou se estão diante de novas espécies. Além disso, as figuras ajudam a classificar os novos trematódeos descobertos”, diz Berenice.

As informações reunidas no livro vão desde as primeiras descrições de espécies de trematódeos encontradas em anfíbios e peixes no Brasil, em 1819, até registros de artigos publicados no ano passado. 

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