08/02/2012
Nova metodologia difere amostras de rotavírus A
Pesquisadores do Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) descobriram um método inovador para diferenciar, em apenas 24 horas, o genótipo de rotavírus tipo A, maior responsável por casos de gastroenterite infantil aguda no mundo. A novidade ajuda a solucionar um desafio antigo dos cientistas. Com as variações genéticas do rotavírus, mesmo as crianças vacinadas podem, eventualmente, contraí-lo. Quando essas são infectadas pelo genótipo G1P[8] – o mesmo utilizado na produção da vacina Rotarix©, adotada no Brasil – era, até então, muito difícil diferenciar se a amostra clínica continha vírus vacinal ou selvagem.
O novo método pode agora atuar na investigação de casos de crianças vacinadas que foram novamente infectadas. Os rotavírus A estão associados às gastroenterites agudas e são responsáveis pela morte de aproximadamente 511 mil crianças menores de 5 anos, anualmente, sobretudo nos países em desenvolvimento. A vacinação ainda é a estratégia de controle mais eficaz contra o rotavírus, pois reduz a forma grave da doença.
A descoberta da Fiocruz terá efeitos importantes na saúde pública, especialmente no Brasil, na América Latina e nos países que adotaram a vacina Rotarix®, pois o monitoramento dos genótipos circulantes do rotavírus A e a diferenciação entre amostras são cruciais.
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