Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz uma instituição a serviço da vida

Início do conteúdo

Mudanças climáticas: especialistas alertam para aumento dos desastres


14/10/2014

Fonte: Informe Ensp

Compartilhar:

As mudanças climáticas vêm acontecendo cada vez mais frequentemente e contribuem para o aumento dos desastres e dos eventos climáticos extremos. No intuito de explorar essa questão, a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) reuniu os pesquisadores Christovam Barcellos, do Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz e Norma Valencio, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres da Universidade Federal de São Carlos, para o Centro de Estudos da Ensp, realizado em dia 8 de outubro.

Norma alertou para o sofrimento social multidimensional, além de apresentar o conceito de desastre na perspectiva sociológica. Christovam, por sua vez, destacou a importância dos Sistemas de Informação e os impactos dos eventos climáticos extremos e dos desastres sobre a saúde.

Segundo a pesquisadora, a média anual de desastres no país abrange 1/4 dos municípios brasileiros, que por ano, entram em situação de emergência. “Alguns municípios sofrem com situação de crise crônica”.  A pesquisadora afirmou que os desastres vão aumentar no Brasil por diversos motivos, mas principalmente, pela escolha nacional pelo modelo de desenvolvimento pretensamente inclusivo, mas calcado no consumismo, individualismo e na saturação. “Efeitos ambientais deletérios reverterão em cascatas de tragédias antes que quaisquer sistemas de emergência possam evitá-las”.

Na sequência do debate, Christovam Barcellos, abordou a conexão dos desastres com a saúde e explicou que nem todo desastre gera impacto sobre a saúde. Segundo o pesquisador, os desastres geram fenômenos locais. Além disso, explicou que eventos climáticos extremos estão relacionados a transmissão por vetores, além de doenças hídricas e circulatórias. Para exemplificar alguns dados, ele utilizou os eventos climáticos extremos acontecidos em Santa Catarina em 2008, e seus impactos segundos diferentes fontes de informação.

Finalizando sua apresentação, Christovam Barcellos ressaltou que a missão do Observatório do Clima não é propagar o fim do mundo, e sim oferecer informações confiáveis para que gestores e a população em geral possam intervir em determinadas situações.

Saiba mais.

Voltar ao topoVoltar