02/06/2016
Fonte: Ministério da Saúde
O novo informe epidemiológico divulgado, nesta quarta-feira (1º/6), pelo Ministério da Saúde confirma 1.489 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o país. O novo boletim é referente à semana epidemiológico nº 20, que corresponde até o dia 28 de maio. O Informe reúne informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde.
No total, foram notificados 7.723 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.162 permanecem em investigação. Outros 3.072 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.
Os 1.489 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 539 municípios, localizados em 25 unidades da federação. Desses casos, 223 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Em relação aos óbitos, no mesmo período, foram registrados 294 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Destes, 63 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 192 continuam em investigação e 39 foram descartados.
O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Confira os números no site do Ministério da Saúde.
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