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'Memórias do IOC' tem suplemento sobre genética e comportamento de insetos vetores


20/12/2013

Fonte: Instituto Oswaldo Cruz

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Neste mês, a revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz publica um suplemento especial sobre genética e comportamento de insetos vetores que honra a memória do pesquisador Alexandre Afrânio Peixoto. Especialista no tema, ele morreu em 2013, aos 50 anos. O suplemento traz 14 artigos originais escritos por brasileiros e estrangeiros dos cinco continentes. Dentre os temas, estão a genética de populações, comportamento sexual e ritmo circadiano aplicados a vetores de doenças tropicais negligenciadas, como o Aedes aegypti, anofelinos, barbeiros e flebotomíneos, responsáveis pela transmissão da dengue, malária, doença de Chagas e leishmanioses, respectivamente. Acesse a publicação on-line.

A edição, que conta com a contribuição de especialistas da área entomológica reconhecidos internacionalmente, reúne informações sobre vários aspectos científicos que podem ser utilizados para o desenvolvimento de métodos de controle de doenças como dengue, malária, doença de Chagas e leishmanioses, para as quais ainda não há vacinas eficientes disponíveis.

Outro destaque é o estudo sobre a descoberta de uma mutação em gene do Aedes aegypti, do Cabo Verde, Brasil e Venezuela. Esta é a primeira vez que essa mutação é verificada em toda a América do Sul. Ainda em relação ao vetor da dengue, um estudo mostra, pela primeira vez, a ocorrência de redução na atividade locomotora e a rejeição na cópula entre fêmeas que receberam homogenatos de glândulas genitais acessórias de machos da mesma espécie ou uma espécie competidora, o Aedes albopictus.

Homenagem a Alexandre Peixoto

Alexandre Afrânio Peixoto era chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC. Na carreira, Alexandre Peixoto acumulava os títulos de pesquisador Nível 1A e de líder do grupo de pesquisa em Genética Molecular do Comportamento em Insetos junto ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Foi, ainda, laureado por meio das edições 2002 e 2007 do Programa Internacional de Pesquisa Acadêmica do Instituto Médico Howard Hughes. Ao longo dos 16 anos como pesquisador do IOC, Alexandre Peixoto orientou 18 alunos de mestrado e 14 de doutorado e publicou mais de 80 artigos científicos. Frequentemente consideradas visionárias, suas pesquisas sobre insetos vetores adotavam abordagens criativas, com ênfase na genética molecular e evolutiva do comportamento de flebotomíneos e de mosquitos vetores da dengue, febre amarela, filariose e malária.

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