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Jogos do Rio: Núcleo de Vigilância e Saúde atuou em plano de prevenção


11/10/2016

Por: Vinicius Ameixa (VPPLR/Fiocruz)

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A realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio, em 2016, trouxe grandes desafios para o sistema de saúde pública local. O aumento do fluxo de visitantes estrangeiros e a aglomeração populacional implicavam um conjunto de riscos e ameaças para a saúde coletiva, incluindo o aumento da ocorrência de doenças transmissíveis, com a introdução de novos agentes infecciosos, e de doenças de origem alimentar, associadas ao abuso de álcool e de outras drogas. Deste modo, a realização dos eventos de massa necessitaram de articulações, parcerias que culminaram no planejamento de ações conjuntas de prevenção e de resposta entre os setores de segurança pública, defesa civil e saúde.

Em sinergia com o sucesso dos jogos, a Fiocruz, referência em diagnósticos laboratoriais, atuou de forma organizada e integrada até o final do evento por meio de ações estratégicas específicas. Uma delas foi a preparação de sua rede de laboratórios de referência para prover diagnóstico oportuno de doenças infecciosas endêmicas no país e de outras causadas pela possível introdução de novos patógenos. As ações foram voltadas para atender à cidade do Rio de Janeiro e a outras cinco capitais do país que sediaram os jogos de futebol masculino e feminino: Belo Horizonte, Manaus, Brasília, Salvador e São Paulo.

O conjunto de ações pactuadas incluiu a disponibilidade de profissionais, a estruturação do fluxo de amostras e a oferta de serviços de diagnóstico laboratorial 24 horas para que, em caso de necessidade, fosse dada uma resposta em tempo oportuno.

O processo

Com o intuito de dinamizar o processo de ação e resposta laboratorial, a Fiocruz protagonizou a preparação de um plano de trabalho durante o período do evento. Dessa maneira, A Vice-Presidência de Laboratórios de Referência (VPPLR), por meio do Núcleo de Vigilância e Saúde da Fiocruz (Nuves), congregou atores/órgãos chaves para a resposta, incluindo o Instituto de Biologia do Exército (IBEx), Instituto de Defesa Biológica, Radiológica e Nuclear do Exército (IDQBRN), o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio de Janeiro (Lacen/RJ), o 1º Batalhão do Exército, a Marinha do Brasil e a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde, acordando um plano de cooperação com fluxo de amostras humanas e ambientais e processos operacionais para a resposta a emergências. Esse plano foi a presentado e validado pela Secretaria Estadual de Saúde (SVS/SES/RJ), Secretaria Municipal de Saúde (SVS/SMS/RJ), a Subsecretaria de Vigilância e Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (MS/SUBVISA/RJ) em encontro prévio ao início dos jogos e posteriormente enviado ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Saúde pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB/SVS). Nesse fluxo ficou acordado que todas as amostras biológicas coletadas nas unidades de saúde do Rio de Janeiro e arenas dos Jogos Olímpicos 2016 seria processada pelo Lacen com o auxílio da Fiocruz. A Fundação, em uma central de processamento localizada no pavilhão HPP/IOC, trabalhou com Kits Multiplex, capazes de triar uma gama de agentes, dentro das síndromes Respiratória, Gastroenterites, Encefalites e Meningites Virais. A Fiocruz, pelo plano pactuado, também é a referência na detecção de ameaças de terrorismo biológico como o Antraz. Como pode ser visto no infográfico a seguir:

 

Para acessar o documento completo, clique aqui

* As atividades laboratoriais, de responsabilidade da Fiocruz, estão pautadas no Sistema de Laboratórios de Saúde Pública – SISLAB (Portaria MS/2013).

 

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