14/06/2016
Por: Maíra Menezes (IOC\Fiocruz)
Uma metodologia inovadora desenvolvida no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) pode favorecer as pesquisas relacionadas à análise das estruturas celulares com uso de microscopia eletrônica de transmissão. Abrindo mão da tradicional prática de centrifugação que deforma as estruturas das células, o Laboratório de Morfologia e Morfogênese Viral do IOC desenvolveu uma metodologia destinada a garantir que, ao serem observadas em microscopia, as células estejam mais semelhantes à sua arquitetura original.
Chamado de ‘protocolo de processamento de células de baixo impacto’, o método usa os reagentes convencionais, mas substitui a centrifugação por várias etapas de decantação. Por fim, as células são impregnadas com resina para polimerização em estufa. Ao todo, a técnica leva pouco mais de duas semanas. Para os autores do trabalho, ainda que seja mais demorada do que a metodologia tradicional, a nova técnica minimiza distorções, podendo ser útil em pesquisas sobre dimensões e distribuição de compartimentos celulares, entre outras investigações.
Testado em células de mosquitos Aedes albopictus chamadas de C6/C36 infectadas pelo vírus da dengue, o método conseguiu evitar ou reduzir a níveis mínimos a compressão das células durante o preparo das amostras, preservando o formato celular e das organelas intracelulares. Os resultados foram publicados na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
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