04/07/2007
Internacionalização da Amazônia ainda gera polêmica
Em dissertação de mestrado defendida na Casa de Oswaldo Cruz, o historiador Rodrigo Cesar da Silva Magalhães analisou o projeto de criação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica (IIHA), que seria implantado em 1947 com apoio da Unesco, mas foi arquivado pelo governo brasileiro. Iniciativa do cientista Paulo Carneiro (1901-1982), então representante do Brasil na Unesco, o IIHA propunha o desenvolvimento de pesquisas em botânica, zoologia, geologia, meteorologia, medicina e antropologia, do qual participariam, além do Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Venezuela, França, Grã-Bretanha e Holanda.
Carneiro alegava que a cooperação internacional era a melhor estratégia para desenvolver a Amazônia e integrá-la ao território nacional. Já o principal opositor do IIHA, o então presidente Artur Bernardes, apontava o projeto como uma estratégia imperialista para a internacionalização da Amazônia. “Atualmente, a visão de que o governo brasileiro tem que desenvolver a Amazônia de maneira autônoma confronta-se com todo um contexto de globalização, no qual Ongs e organismos internacionais detêm cada vez mais poder”, resume o historiador.
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