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Iniciativa da Cogepe pretende resgatar histórias da área de gestão da Fiocruz


05/07/2021

Ascom/Cogepe

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Em 2012, por ocasião dos 20 anos da então Diretoria de Recursos Humanos (Hoje, Cogepe), foram entregues placas comemorativas aos trabalhadores pioneiros da unidade de gestão de pessoas da Fiocruz. A iniciativa com foco interno se expandiu e a entrega de placas passou a integrar o rol de atividades de celebração do aniversário da Fundação. Quase dez anos depois, partindo desta ideia fundadora, a Cogepe amplia o escopo de ações de valorização da sua força de trabalho e lança o Projeto Memória da Gestão. A ação foi oficializada na quinta-feira (1º/7), em evento virtual no canal do YouTube da unidade (assista clicando aqui).

A coordenadora do projeto, Lucina Matos, descreveu o histórico de atividades realizadas até o momento. Ela explicou que na idealização do evento de homenagem às “pratas da casa” da Cogepe, se identificou uma dificuldade para localizar os registros da história da própria unidade. “Escrevemos um projeto para dar conta do aniversário da Cogepe e começamos a perceber que a gestão documental, os registros e a história da própria unidade careciam de avanços, de um olhar e de uma preocupação que refletisse sobre isso”.

 A partir dessa “vontade de memória”, começou a se montar o projeto com a pretensão de avançar para além da mera entrega de placas que não dava conta de “fazer uma reflexão do percurso histórico de muitas pessoas que estavam recebendo a homenagem”. Em 2019, com apoio da COC e da Presidência, foi realizada a 1ª Roda de Memória da Fiocruz. “Tivemos uma experiência muito positiva com histórias de bastidores da Fiocruz que não estavam escritas em nenhum material”, explicou Lucina. No mesmo ano aconteceu a 1ª Roda de Memória Itinerante, com trabalhadores da Cogepe, e voltada para o compartilhamento de histórias da criação da unidade.

Primeiras entregas

Um dos braços do Projeto Memória da Gestão está em andamento e com previsão das primeiras entregas à comunidade Fiocruz no mês de agosto. Trata-se da ação Memória Individual de uma Instituição Coletiva, parceria com Biomanguinhos, e com foco na produção de um documentário dividido em dez episódios sobre a trajetória de vida e profissional do pesquisador emérito da Fiocruz, Akira Homma. Ainda no mês de julho, serão divulgados nos canais de comunicação da Cogepe filmes curtos (teasers) com momentos das gravações. Até o final do ano estão programadas duas Rodas de Memória da Gestão.

Diálogos sobre memórias

Simone Kropf, historiadora e pesquisadora da COC, e Carlos Morel, coordenador-geral do CDTS e ex-presidente da Fiocruz, participaram da mesa intitulada Memória da Gestão. Para Morel, o trabalho de memória não deve ser confundido com o mero coletar de papéis e arquivos. “É espalhar toda essa visão da importância da memória, do conhecimento, da divulgação, para que as pessoas que entram na instituição comecem a ter orgulho dela. Você não entra na instituição já com orgulho da Fiocruz. Você tem que saber a história, saber o que está acontecendo, de onde você veio e para onde você vai, a trajetória, as crises”, afirmou Morel.

Em sua apresentação, o ex-presidente resgatou histórias que remontam mais de 40 anos da instituição, a partir do seu ingresso, em 1978, quando a Fiocruz dava os primeiros passos para sair de uma crise que se arrastou durante toda a década. “A epidemia de meningite foi determinante para o governo federal iniciar o projeto de recuperação da Fiocruz”, lembrou Morel.

Simone Kropf falou sobre a importância das iniciativas de resgate de memória e fez uma reflexão acerca do que elas representam no presente. Simone define a memória como um mecanismo de acesso ao passado por meio de processos que na maioria das vezes movimentam muitos afetos. “A memória não se confunde com a história embora elas estejam profundamente associadas. A memória diz respeito a dimensão do vivido, enquanto a história por sua vez acessa o passado por meio de métodos e protocolos de pesquisa”.

Simone explicou que a memória carrega uma carga de subjetividade e de experiências que mobilizam o sujeito de modo particular e se submete a um processo coletivo (memória coletiva). “Eu assisti a uma das rodas de conversa entre os trabalhadores da gestão, e ali fica claro a dimensão das emoções, de como a gente lembra e acessa o passado e como que esse processo nos leva a refletir sobre o presente”.

Evento prestigiado

A mesa de abertura do evento virtual de lançamento do Projeto Memória da Gestão contou com as participações de Priscila Ferraz, vice-presidente adjunta de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI), Mychelle Alves, presidente da Asfoc-SN, e Andrea da Luz, coordenadora-geral de Gestão de Pessoas da Fiocruz.

Mychelle disse ser “fã” das ações de registro e valorização dos trabalhos e trabalhadores da Fundação. “Acredito realmente na importância de cuidarmos da nossa história. Preservar a memória institucional é manter a instituição viva e uma forma de fortalecer os legados deixados por nossos trabalhadores”, afirmou. Já Andrea da Luz disse que o projeto não é somente de memória, mas de gestão do conhecimento e de valorização dos trabalhadores. “Quero que ele seja um projeto absorvido pela instituição e que a gente consiga ter bastante parceria. Não é um projeto só da Cogepe, só da área de gestão de pessoas, a gente quer que seja um projeto aberto e seja utilizado pela instituição”. Priscila Ferraz falou do desafio de se construir um repositório de conhecimento da área da gestão, “proporcionando esse ambiente de aprendizagem e produção de conhecimento que vai permitir a gente contar uma história melhor no futuro”.

#contepragente

Ao término de sua fala, Lucina Matos apresentou um vídeo de lançamento de uma iniciativa chamada #contepragente. Trata-se de uma campanha de estímulo aos servidores e servidoras da instituição para relatarem suas experiências, vivências e memórias no campo da gestão na Fiocruz, permitindo pensar formas de registrá-las. Os relatos deverão ser enviados por vídeo ou mensagem. A servidora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio e ex-coordenadora da Cogead, Cristiane Sendim, protagonizou o vídeo de anúncio da ação. Em breve, a Cogepe reforçará essa campanha no âmbito institucional.

Confira a íntegra do evento YouTube, emocione-se e inspire-se.

Participe também do projeto Arquivos da Pandemia, da Casa de Oswaldo Cruz (COC).
 

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