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INI/Fiocruz divulga boletim com dados da vigilância em saúde em 2022


20/03/2023

Alexandre Magno (INI/Fiocruz)

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O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) está divulgando o seu boletim epidemiológico com os dados da vigilância no Instituto em 2022. Elaborado pela equipe do Serviço de Vigilância em Saúde do INI (Sevs), o documento tem como um dos seus destaques, a varíola dos macacos ou monkeypox - atualmente denominada Mpox pela OMS -, cujos primeiros casos do surto foram registrados em maio do ano passado na Europa. A doença se espalhou rapidamente pelo mundo atingindo, ao final de 2022, 119 países com acumulo de 83,7 mil casos confirmados e 75 óbitos.

No Brasil, o primeiro caso da Mpox foi notificado em 31 de maio em São Paulo. O segundo foi no Rio de Janeiro, em 12 de junho, exatamente no INI/Fiocruz - que se tornou referência para atendimento, vigilância e pesquisa.

Entre junho e dezembro de 2022, foram notificados 822 pacientes suspeitos de Mpox no INI e 51,5% foram confirmados. A faixa etária que concentrou maior número de casos foi de 30 a 39 anos, seguida da faixa de 18 a 29 anos. Mais de 93% dos casos confirmados ocorreram em homens. Do total de casos notificados, 9,1% foram internados.

Até 30 de dezembro de 2022, foram confirmados 10.511 casos de Mpox nas 27 unidades federadas, com o maior número de casos em São Paulo (4.254), seguido do Rio de Janeiro (1.323), Minas Gerais (603) e Ceará (575). O primeiro óbito foi confirmado pelo Ministério da Saúde no dia 29 de julho de 2022. Ao final do ano passado, o país acumulava 14 óbitos em decorrência Mpox.

Já em relação à covid-19, o Boletim demonstra que houve uma expressiva redução de internações entre os anos 2021 e 2022. Caindo de  3.020 para 710. Em relação aos óbitos por SRAG, também chama a atenção a redução que variou de 985 óbitos registrados em 2021 para 262 óbitos em 2022. A entrada da variante Ômicron, que começou a circular em dezembro de 2021 no Rio de Janeiro, resultou em leve aumento de casos de SRAG em janeiro de 2022 e posteriormente em junho, o que não se manteve nos meses subsequentes.

O Boletim do Sevs ainda traz um quadro com o total de agravos atendidos no Instituto. É possível perceber claramente que tanto em 2021, quanto em 2022 (apesar da redução do número de casos), a covid-19 liderou o ranking. Registrando 3.651 atendimentos em 2021 e 3.408 em 2022. No ano passado, depois da covid-19, a Mpox foi o maior número de atendimentos feitos no instituto (822), seguido por SRAG (710) e Aids (631).

O trabalho da equipe de Vigilância em Saúde no INI/Fiocruz inclui a busca ativa diária de casos atendidos e internados no instituto com coleta de dados epidemiológicos, clínicos e de laboratório para a adequada notificação, investigação e encerramento dos casos. Além da busca ativa, existem alertas clínicos que são verificados diariamente e que compõem as fontes de informação. O Boletim do Sevs faz parte das iniciativas de comunicação da informação produzida pela Vigilância.

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