16/12/2022
Lidiane Nóbrega (Agência Fiocruz de Notícias)
Divulgado nesta sexta-feira (16/12), o novo Boletim InfoGripe Fiocruz indica que a desaceleração na curva nacional é reflexo da queda de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. No restante do país, o sinal ainda é de crescimento.
O estudo segue apontando para um aumento de casos de SRAG positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) entre a população adulta em estados de todas as regiões do país. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 49, período de 4 a 10 de dezembro, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 12 de dezembro.
Em razão da proximidade das celebrações de final de ano, o pesquisador Marcelo Gomes reforça a importância da manutenção de cautela, especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves. “O uso de máscaras adequadas no transporte público, locais fechados ou mal ventilados, e nas aglomerações é recomendado até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2”, sublinha o coordenador do InfoGripe.
O Boletim mostra crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas). Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,2% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,5% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 94,8% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,2% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,5% para VSR; e 94,8% para Sars-CoV-2.
Em São Paulo, o VSR mantém presença expressiva nas crianças de 0 a 4 anos, além de apresentar retomada do crescimento nesse público nos três estados da região Sul.
Estados
Das 27 unidades federativas, 21 apresentam crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo até a SE 49: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Nesses estados, observa-se crescimento na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos, associado ao aumento de internações associadas à Covid-19.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, já se observa interrupção do crescimento no número de novos casos semanais em todas as macrorregiões de saúde. Na Paraíba, a queda é clara na macrorregião I, que inclui a capital João Pessoa. Nas demais macros, ainda há sinal de crescimento.
Capitais
Dezessete das 27 capitais apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até o mesmo período: Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).
Em João Pessoa (PB), no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP), é possível observar tendência de queda no número de novos casos semanais.
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