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Influenza A: pesquisa defende calendários distintos de vacinação para cada região


27/08/2012

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Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

Com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados de extensão, o Brasil possui grande diversidade cultural, climática, topográfica e de hábitos da população. Estudos sugerem que as variáveis, principalmente de temperatura e umidade, devem ser consideradas como parte dos determinantes para a propagação da Influenza A (H1N1), conhecida também como gripe suína. A tese Pandemia de Influenza no Brasil: epidemiologia, tratamento e prevenção da Influenza A (H1N1), defendida pelo coordenador de Programas e Projetos da Fiocruz Brasília, José Cerbino, mostra que, nas regiões sul e sudeste, a mortalidade foi mais alta nos meses de inverno em 2009 e 2010. “Os resultados recomendam que medidas preventivas adequadas às características locais e regionais poderiam ser mais efetivas no controle da influenza que as recomendações nacionais”, alerta o pesquisador. A tese foi defendida no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).

O Ministério da Saúde realiza a campanha anual para a prevenção da gripe A em todo o país no mês de maio. Cerbino defende que, a fim de respeitar as diversidades existentes em cada região do país, seria necessário definir calendários distintos de vacinação para cada local. “Poderia ser mais eficaz se pensado de forma regional, devendo-se considerar ainda o estreito período entre a determinação dos vírus circulantes no mundo e a produção da vacina anual”, afirma. E acrescenta: “regiões tropicais e subtropicais apresentam transmissão de influenza durante todo o ano, mas também estão sujeitas a oscilações, influenciadas pelas estações chuvosas. Nessas regiões pode ocorrer mais de um período de atividade viral por ano”.

Cerbino utilizou dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) do Minstério da Saúde para analisar o número de óbitos em casos confirmados de Influenza nos anos de 2009 e 2010. Entre 19 de abril de 2009 e 2 de janeiro de 2010, foram notificados 23,3 casos por 100.000 habitantes. No mesmo período, ocorreram 2.051 óbitos por influenza, levando a uma taxa de mortalidade de 1,1 por 100 mil habitantes. Na região sul, a taxa foi de 3,0 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto na região nordeste foi de 0,1 óbito por 100 mil habitantes. As regiões norte, nordeste e centro-oeste contribuíram com apenas 6% do total dos casos.

Leia a reportagem na íntegra.

 

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