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IFF/Fiocruz retoma atendimentos eletivos

Prédio do IFF

17/07/2020

Por: Mayra Malavé Malavé (IFF/Fiocruz)

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Diante da emergência em saúde decretada no Brasil em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os centros de saúde foram os primeiros a perceber uma mudança drástica na sua rotina, tendo que se adaptar rapidamente aos novos protocolos dos serviços, entre eles o adiamento dos procedimentos médicos programados não classificados como de urgência, chamados de procedimentos eletivos, além da adequação e expansão de diversas áreas de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs), do aumento de leitos e da contratação de novos profissionais para enfrentar a crise sanitária.

No Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) - centro nacional de referência em atenção à saúde, educação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, grande parte dos atendimentos eletivos foram suspensos em março, em atenção à Resolução N° 2004 de 18/03/2020, da Secretaria de Estado de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (SES-RJ). “Desde então, os serviços vinham remarcando as consultas e procedimentos eletivos para usuários externos e internos que pudessem ser adiados sem riscos à sua saúde. O Pré-natal, as consultas para o diagnóstico dos cânceres de mama e colo uterino, assim como tratamento das lesões precursoras do câncer do colo uterino não foram interrompidos”, comenta o diretor da instituição, Fábio Russomano.

Com o decorrer do tempo, após analises de diferentes parâmetros no tocante à disseminação da doença, como: dados epidemiológicos da SES-RJ, redução do número de óbitos e das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), os riscos que o retorno de cada atividade representa e a conservação de protocolos de segurança baseados em distanciamento social e higienização, o Governo do estado do Rio de Janeiro decretou em junho a retomada de várias atividades, incluindo os serviços médicos.

Sobre a retomada dos atendimentos no IFF/Fiocruz, Fábio explica “em consequência do decreto N°47.112 de 05 de junho de 2020, autorizamos as áreas de atenção à saúde planejar e retomar os procedimentos que estavam sendo adiados, segundo avaliação de riscos e benefícios individuais e seguindo diretrizes de segurança, priorizando aqueles mais necessários. Isso inclui o cuidado às crianças e adolescentes portadores de doenças crônicas complexas e mulheres portadoras de condições que comprometem sua saúde, como sangramentos excessivos e outras condições de agravo”.

A adaptação tecnológica também tem sido um grande aliado para os atendimentos de pacientes durante a conjuntura da pandemia. “Nesse ínterim implementamos uma política de Telessaúde e Telemedicina que permitiu o uso de teleconsultas e teleorientações de modo a reduzir a necessidade de deslocamentos dos usuários para o Instituto e, assim, diminuir sua exposição ao contágio nos percursos”, destaca Russomano.

Proteção de usuários e trabalhadores

A retomada nos serviços de saúde reconhece a necessidade de reforço dos protocolos de higienização e segurança, e pacientes e profissionais da saúde precisaram se adequar às novas exigências de prevenção ao contágio e de enfrentamento à Covid-19. Sobre as providências que estão sendo adotadas no IFF/Fiocruz, Fábio comenta. “Além das medidas já implementadas, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por parte dos trabalhadores, as áreas de atenção à saúde foram orientadas para a redução do intervalo da limpeza dos ambientes de atendimento, além da diretriz de retomada explicitar que esse deve ser um processo gradual e monitorado para sua progressão segura”.

Nessa fase de retomada também se mantém o teleatendimento e o controle de acesso para identificar possíveis portadores da Covid-19, a serem abordados logo na entrada do Instituto de forma diferenciada. “Outras medidas incluem marcação dos assentos disponíveis nas salas de espera, agendamento individualizado dos usuários, ampliação dos intervalos de horários de atendimento, entre outras medidas para evitar aglomerações e manter o distanciamento entre as pessoas”, informa Russomano.

Outras recomendações para a retomada dos atendimentos

“Trabalhadores e usuários devem manter as práticas de distanciamento social, evitar sair de suas casas desnecessariamente, higienizar as mãos frequentemente e usar máscaras fora de casa. A retomada dos atendimentos não deve ser entendida como um sinal de que a pandemia já acabou e que não há mais riscos. No momento, o que temos são medidas de convivência com a Covid-19, sempre buscando reduzir a sua disseminação”, ressalta Fábio.

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