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Gripe: campanha nacional de vacinação termina nesta sexta (22/5)


21/05/2015

Por: Antônio Fuchs

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Eternos problemas em nossa vida, a gripe e o resfriado (forma mais branda) são doenças infecciosas causadas por diversos tipos de vírus que provocam febre, dor de cabeça, coriza, tosse e inflamação na garganta, entre outros sintomas. Não há quem não tenha ficado gripado, ao menos, uma vez na vida e não saiba o quanto é incômodo ficar doente. Buscando minimizar o período de maior circulação da gripe - que vai do final de maio a agosto -, o Ministério da Saúde está promovendo a 17ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, cuja a meta é vacinar, até 22/5, cerca de 80% do público-alvo formado por 49,7 milhões de pessoas mais vulneráveis para complicações da gripe. Entretanto, os números do Ministério da Saúde ainda são baixos. Há poucos dias do fim da campanha, apenas 29,2% das pessoas procuraram postos de saúde pelo Brasil. A Ensp/Fiocruz participa da iniciativa em Maguinhos e, até o momento, a adesão é boa, segundo a enfermeira responsável pelo Setor de Imunizações do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da Escola, Slete Ferreira da Silva, informando que aproximadamente quatro mil doses foram ministradas na região.

“A população de Manguinhos tem aderido à campanha contra influenza. Em 2014 fizemos aproximadamente 5.800 doses. Este ano, sem a prorrogação da campanha, já administramos aproximadamente quatro mil doses. A campanha terminará no dia 22 de maio e, infelizmente, muitas pessoas deixam para fazer a vacina na última hora”, revela Stela. Ainda segundo a enfermeira, o vírus da influenza a cada ano se apresenta mais virulento e letal. “Se as pessoas se convencessem que a vacina aumenta a imunidade, ou seja, a resistência do organismo contra todos os vírus influenza e que isso faz a diferença entre ficar um pouco gripado - sintomas leves da gripe -, e muito gripado - sintomas mais graves -, procurariam os postos de saúde na primeira semana da campanha”, disse. Sobre o fato de algumas pessoas reclamarem de ficarem gripadas após a vacinação, Slete explica: “na verdade, estas pessoas já estavam com o vírus da Influenza e culpam a vacina por apresentarem os sintomas da gripe. A vacina, em algumas pessoas, não evita a gripe e sim suas complicações mais graves”.

Campanha 2015 do Ministério da Saúde

Com o slogan Contra a gripe, seu escudo é a vacinação, tem circulado para reforçar o conceito de proteção, a vacinação está disponível para crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é segura e uma das medidas mais eficazes de prevenção a complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Mais de 54 milhões de doses da vacina estão sendo disponibilizadas aos estados e municípios para garantir a proteção de cerca de 49,7 milhões de pessoas. A vacina, disponibilizada pelo Ministério da Saúde, protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

Medidas de prevenção

A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.

Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus, por isso, as medidas de prevenção são muito importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, entre os meses de junho e agosto.

Reações adversas

Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos costumam passar em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.

Vacinação no Rio de Janeiro

O objetivo da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro é imunizar 4,1 milhões de pessoas, nos 1.500 postos disponíveis para a vacinação. “Gripe parece uma doença inofensiva, mas em alguns casos pode ter complicações graves. É fundamental que as pessoas se conscientizem da importância da vacina, que é uma iniciativa de atenção básica essencial”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Felipe Peixoto. Já a subsecretária de Vigilância em Saúde, Hellen Miyamoto, ressaltou que “a gripe é uma doença benigna para a maioria das pessoas. No entanto, em alguns grupos específicos, ela pode se agravar. É importante que ela seja tomada neste período que antecede o inverno para que os anticorpos que protegem da doença possam se desenvolver” disse.

No município, a campanha de vacinação contra a gripe já imunizou, até 19/5, mais 630 mil pessoas, o que representa 40,3% da meta estipulada pelo Ministério da Saúde. A vacina está disponível em mais de 200 salas de vacinação nas unidades de Atenção Primária em todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro. O imunizante, produzido pelo Instituto Butantan e pela Sanoti Pasteur, é constituído por vírus inativados, por isso não causa a doença.

É importante lembrar que em 2014, o estado do Rio de Janeiro atingiu 83,98% de cobertura vacinal, ultrapassando a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde.

Colaboradores da Fiocruz participam da campanha

A mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aderiu à campanha de vacinação contra a influenza no Campus de Manguinhos. Todos os trabalhadores, bolsistas e alunos da instituição podem ser vacinados. Até o dia 19/5, o Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust) da instituição aplicou mais de 1.200 doses da vacina e a faixa etária de maior concentração foi a compreendida entre 30 e 49 anos. A ação do Nust/Fiocruz se estendeu fisicamente ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), à Creche Fiocruz, ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) e ocorrerá também no Prédio da Expansão da Fiocruz. Além do Nust, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) aplicou mais de 700 doses em seus colaboradores. A vacinação na instituição prosseguirá até a Feira Fiocruz Saudável, terminando no dia 27 de maio.

* Com colaboração de Annalu Silva - jornalista do Teias-Escola Manguinhos e informações do Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

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