03/04/2009
Forma rara da esquistossomose é mapeada em PE
Doença considerada rara e grave, de prevalência desconhecida no Brasil, uma infecção do sistema nervoso central causada pela esquistossomose acaba de ter sua ocorrência em Pernambuco mapeada pela primeira vez. O estudo sobre a mielorradiculopatia esquistossomótica (MRE), coordenado pela Fiocruz Pernambuco, identificou 139 casos da doença em pacientes com idades entre 2 e 83 anos, no período de 1994 a 2006. A maioria (60,5%) ocorreu entre moradores de áreas não-endêmicas para esquistossomose (Região Metropolitana, Agreste e Sertão), o que revela mudança na distribuição geográfica da doença.
A pesquisa realizada pela professora universitária Karina Araújo, que desenvolveu o estudo durante o doutorado em saúde pública da Fiocruz Pernambuco, se baseou nos prontuários de três hospitais do Recife. “Esperávamos que o maior número de casos estivesse concentrado na Zona da Mata, área endêmica clássica da esquistossomose, o que não ocorreu. Agora é preciso saber o porquê desse resultado”, explica a coordenadora do Serviço de Referência em Esquistossomose da Fiocruz Pernambuco, Constança Simões Barbosa, que orientou a pesquisa de Karina. Sobre os casos encontrados no sertão, ela acredita que a infecção das pessoas ocorreu em outro local, já que não há registro da ocorrência de casos de esquistossomose nessa região do estado.
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