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Fiocruz publica balanço de dois anos de gestão


02/06/2022

Gustavo Mendelsohn de Carvalho (CCS)

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O Relatório do Balanço de Gestão, publicado hoje (2/6), traz um retrato abrangente dos esforços realizados pela Fiocruz para oferecer respostas rápidas à população brasileira no enfrentamento da Covid-19. Desde a geração de conhecimentos e a difusão de informações técnicas para a população e gestores; a inédita transferência de tecnologia que permitiu a produção da vacina 100% nacional, garantindo imunização de milhões de brasileiros; passando pela construção em tempo recorde da segunda maior UTI dedicada à Covid-19 no Brasil e pela entrega ao Ministério da Saúde de metade dos testes moleculares para abastecimento da rede de vigilância. 

O Relatório traz informações detalhadas e analisa os impactos gerados por um grande número de iniciativas das diversas unidades da Fundação, que foram fundamentais para o enfrentamento da pandemia, entre março de 2020 e março de 2022. O balanço está estruturado em grandes áreas de atuação: Imunização; Vigilância; Assistência; Pesquisa e Inovação; Informação, Comunicação e Divulgação Científica; Educação; Saúde Global; Apoio às populações vulnerabilizadas; e Gestão Institucional. A publicação traz ainda uma Linha do Tempo, que apresenta os principais marcos das ações da Fiocruz no combate à Covid-19 ao longo dos dois últimos anos e os relaciona com os grandes acontecimentos no Brasil e no mundo nesse período.

O relatório procura refletir a lógica de trabalho presente nas iniciativas institucionais, com suas áreas de atuação organizadas de modo sistêmico e transversal, orientadas para os grandes desafios nacionais e globais, como o fortalecimento do SUS, da CT&I e da base produtiva e tecnológica nacional, buscando uma inserção global norteada pela solidariedade. O balanço é também um reconhecimento do trabalho e do empenho de todas as unidades, tanto técnico-científicas quanto da área da gestão, e de todos os trabalhadores e trabalhadoras da Fiocruz, incansavelmente empenhados no enfrentamento da pandemia da Covid-19 e na manutenção das atividades essenciais, reduzindo seus piores efeitos e salvando vidas, refletindo o comprometimento da Fiocruz com a sociedade brasileira.

Alguns dados do Relatório sobre o impacto das ações da Fiocruz no combate à Covid-19:

•    A produção científica da Fiocruz contribuiu de forma significativa à demanda por novos conhecimentos em meio à crise sanitária. Em 2020, foram 3.112 publicações científicas indexadas, um salto de mais de 25% em relação a 2019 (2.470).  O Programa Inova alocou mais de 38 milhões de Reais e financiou 142 projetos, considerando os dois editais, de resposta rápida e de geração de conhecimento.

•    A Fiocruz foi responsável por cerca de 30% das doses de vacina contra a Covid-19 recebidas pelo Ministério da Saúde até maio de 2022 (620 milhões), tendo sido a maior fornecedora de vacinas para o Brasil. Mais de 67 milhões de brasileiros foram imunizados com ao menos a 1ª dose da vacina produzida pela Fiocruz. Esse alcance também revela o potencial impacto na economia gerada para o SUS. O valor unitário das vacinas produzidas pela Fiocruz é de US$6, os valores praticados por institutos e laboratórios variam entre US$ 11 a US$ 16, gerando assim uma economia de cerca de R$5 bilhões ao Ministério da Saúde no ano de 2021.

•    Considerando todos os tipos de testes produzidos (Teste Rápido para detecção de antígenos de SARS-COV-2 (TR-Ag), Testes moleculares RT-PCR e Teste COVID-19 IgM e IgG) a Fiocruz entregou ao Ministério da Saúde o total de 93,7 milhões de testes. Os testes moleculares RT-PCR processados nas UNADIG também geraram economia. A média de valores destes exames praticados atualmente por laboratórios privados é de R$ 323, enquanto o valor médio unitário do exame RT-PCR realizado pelas UNADIG da Fiocruz é oito vezes mais barato (R$ 40,87), além de fornecer resultados em prazo quase 50% mais rápido do que a rede privada. 

•    Durante estes mais de dois anos, o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), único laboratório do nível federal componente do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), realizou análises dos produtos utilizados no enfrentamento à pandemia, como vacinas, kits de diagnósticos, e produtos à base de álcool em gel 70%. Desenvolveu ainda novas metodologias analíticas e novos fluxos para análises documentais e laboratoriais para o enfretamento de novas situações emergenciais. 

•    O Centro Hospitalar Covid-19 da Fiocruz foi a segunda maior UTI dedicada à doença no Brasil, recebendo pacientes do Estado do Rio de Janeiro, e também de Rondônia e Amazonas no ápice da crise da região Norte. Foram 3.820 vidas salvas e 5.711 internações. O tempo médio de permanência dos pacientes foi de 16 dias, com uma taxa de sobrevida de 66%. No mesmo período, também foram feitas 3.164 transfusões de sangue, 7.206 hemodiálises e 974.021 análises laboratoriais.

•    A Atenção Primária, graças à extensa cobertura e ao engajamento das equipes multiprofissionais na saúde pública, foi essencial na prevenção e recuperação das pessoas acometidas pela Covid-19. No território de Manguinhos, foram realizados 11.196 atendimentos, entre julho de 2020 e março de 2022, no Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria e na Clínica da Família Victor Valla. Além de atender à população, foram implementadas diversas práticas de vigilância e acompanhamento da situação de saúde, como o monitoramento telefônico do território, com mais de 5 mil ligações telefônicas realizadas para rastreio e busca ativa de casos da doença.

•    Nos dois anos da pandemia, a Fundação esteve presente nos principais meios de comunicação de todo o Brasil. Somente em 2021 foram 14.654 matérias em veículos impressos, 3.073 exibidas na TV, 3.294 reproduzidas em rádios e 193.320 em portais e agências de notícias na internet. O impacto total gerado na imprensa foi 134% maior que no ano anterior, e a positividade geral da Fiocruz alcançou a marca de 93,5%. Nas mídias sociais o aumento de seguidores também foi expressivo. No Instagram dobrou (de 250 mil para 556 mil); no Twitter houve um crescimento de 50% e no Facebook o perfil da Fiocruz atingiu 1,4 milhão de seguidores, algumas postagens chegaram a picos de 40 milhões de alcance, o que corresponde à audiência do maior telejornal do país.

•    Entre 2020 e 2021, a Fiocruz capacitou 432.941 pessoas nos cursos orientados para o enfrentamento da pandemia ofertados pelo Campus Virtual Fiocruz ou por meio da UNA-SUS. Esses cursos foram cruciais na capacitação dos profissionais de saúde de todo o país, e foram projetados para atender à diversidade da população brasileira, respeitando as particularidades e vulnerabilidades dos diversos grupos, como indígenas, idosos, populações carcerárias e gestantes.

Acesse o Relatório de Gestão 2020-2022.

 

 

 

 

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