17/10/2016
Por: Mônica Mourão (AFN/Fiocruz)
De 17 a 23/10, acontece a 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), evento anual de divulgação científica promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em todo o país, em parceria com diversas instituições. Colaboradora desde a primeira edição do evento, em 2004, a Fiocruz mobilizou 14 áreas da Fundação, além do Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública (Asfoc-SN), para oferecer quase duas dezenas de atividades de terça-feira (18/10) a domingo (22/10) nas cidades do Rio de Janeiro e Petrópolis.
Neste ano, as atividades centram-se no tema Ciência Alimentando o Brasil, em alusão ao fato de a Assembleia Geral das Nações Unidas ter proclamado 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas (AIL). “O tema este ano é particularmente importante para a Fiocruz e para o campo da saúde, pois trata do conhecimento científico relativo à questão da alimento para a população, abrangendo questões técnico-científicas e sociais, como mapa da fome e outros temas. Permite abordagem de temas complexos, como a questão dos agrotóxicos, tão relevante hoje em dia para a saúde do brasileiro”, explica a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade. Ela destaca ainda a mesa de abertura do evento, que acontece na terça-feira (18/10), às 9h no Museu da Vida, em Manguinhos. A atividade discutirá os 70 anos da publicação do livro Geografia da Fome, de Josué de Castro. Pesquisadores da Fiocruz vão debater esta obra clássica da ciência brasileira, que lançou luz sobre o quadro da fome no Brasil, contrapondo as origens socioeconômicas às explicações deterministas que naturalizavam o problema.
Além de popularizar a ciência, esta edição da SNTC, segundo Nísia, tem ainda um papel político de valorizar a aproximação entre a sociedade e a ciência, considerando o cenário recente de contenção de recursos e retração de várias ações no campo da ciência como um todo, em particular no campo da divulgação científica. “Nesse momento, em que recursos diretos a Semana Nacional encontram-se escassos, é fundamental que instituições de tradição na área, como a Fiocruz e as universidades públicas, mantenham a chama viva e que continuem a promovê-la de forma a não perder seu compromisso social com a população, essência da SNCT”, defende.
No Rio de Janeiro, a maior parte das atividades acontecerá no campus da Fundação, em Manguinhos, onde se espera receber cerca de 2,5 mil pessoas durante o evento. Haverá bate-papo com autores da Editora Fiocruz e com pesquisadoras vencedoras do prêmio Para Mulheres na Ciência, promovido pelo programa L’Oréal-Unesco For Women in Science; mostra de vídeos e fotos; exposições sobre diversos temas ligados à Saúde e à Ciência; feiras de alimentos orgânicos, de troca e doação de livros; e até mesmo a realização de um piquenique científico, dentre outras atividades. Em Petrópolis, a população poderá visitar o museu itinerante Ciência Móvel – Vida e Saúde para Todos. Diversos módulos interativos sobre a vida e sua diversidade, a promoção da saúde e a intervenção do homem sobre a vida e o ambiente estarão disponíveis gratuitamente a bordo de um caminhão.
A agenda completa das atividades oferecidas pela Fiocruz estão disponíveis no site do Museu da Vida e no site do evento.
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