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Fiocruz Paraná lidera força-tarefa para combater as doenças transmitidas pelo Aedes na região

Foto de diretores da Fiocruz Parané e do exército brasileiro reunidos no ICC

23/02/2016

Fonte: ICC/Fiocruz Paraná

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“O Paraná tem potencial para se tornar um exemplo no enfrentamento das doenças causadas pelo Aedes aegypti”. Com esta frase, o diretor do Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná) deu as boas-vindas aos participantes de um encontro, realizado no último dia 22 de fevereiro na sede do ICC, que consolidou uma força-tarefa entre as esferas municipal, estadual e federal. Estiveram presentes representantes da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, da Secretaria de Estado e Saúde do Paraná, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, da Maternidade Vitor Ferreira do Amaral e do Exército.  Durante o evento, foram firmadas as parcerias e identificados os principais gargalos que precisam ser sanados para garantir o êxito da iniciativa.

“O ICC contempla um dos laboratórios sentinelas do Ministério da Saúde para zika vírus e, pela nossa expertise na área e infraestrutura, somos responsáveis pelo desenvolvimento do teste de diagnóstico sorológico, fundamental para confirmar a infecção pelo vírus após os cinco dias de aparecimento dos sintomas e agilizar o processo, hoje realizado por meio de técnica molecular”, explicou Samuel Goldenberg. “Nesse sentido, um dos principais desafios que enfrentamos é a falta de um painel de soro com amostras clínicas que atendam a demanda da pesquisa. Com a cooperação do Hospital das Clínicas, do Laboratório Centrai do Estado (Lacen) e da Maternidade Vitor Ferreira do Amaral, que acompanha as gestantes, será possível sanar este problema”, ressaltou o diretor do ICC. O representante da SESA/PR, Sezifredo Paz, garantiu a articulação para o envio de amostras. “Temos muito interesse nessa parceria e podemos auxiliar com as amostras de pacientes, por meio do Lacen e do vetor por meio dos nossos oito centros de entomologia”, resumiu Paz. O Exército também terá uma atuação importante ao ceder, para as a análise do ICC, o material coletado no trabalho de campo realizado em vários municípios paranaenses.

Outro gargalo importante, reforçado por todas as instituições, é a falta de recursos para dar continuidade às ações. “Infelizmente, a emergência do zika vírus chegou ao país em momento de crise financeira e política e precisamos de recursos”, reforçou Samuel. Para o desenvolvimento do teste sorológico para zika vírus, há um déficit de investimento para aquisição de insumos e reagentes, além da capacitação de pessoal e a necessidade da disponibilidade de soros de pacientes. Com esse aporte, a previsão é de que em alguns meses o teste esteja pronto.

Segundo Sezifredo Paz, o estado do Paraná já destinou cerca de R$40 milhões em recursos emergenciais aos municípios para ações de enfrentamento à epidemia. “A Fiocruz possui uma expertise importante e o trabalho em parceria com o Lacen ajuda muito, mas podemos fazer mais se tivermos mais recursos”, disparou o representante da SESA/PR.

A reunião contou com uma apresentação do ICC e da Fiocruz para reforçar a atuação como referência em pesquisa biomédica na região sul do país. “Nosso laboratório foi o primeiro a identificar o zika vírus em amostras humanas brasileiras e temos boas perspectivas quanto ao desenvolvimento do teste sorológico que está em andamento. Há mais de um ano, trabalhamos diretamente com o Ministério da Saúde nessa área e percebemos que, no Paraná, há um grande comprometimento de diferentes órgãos. Precisamos tomar vantagem dessa característica e nos unir para dar respostas rápidas à população”, declarou a chefe do laboratório de Virologia Molecular do ICC e vice-diretora de Pesquisa e Serviço de Referência, Cláudia Nunes Duarte dos Santos.

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