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Fiocruz Mata Atlântica retoma ação solidária contra a fome

08/07/2021

Elisandra Galvão (Fiocruz Mata Atlântica)

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O Coletivo de Trabalhadores da Fiocruz Mata Atlântica iniciou, em abril de 2020, a campanha de ação solidária contra a fome voltada para 70 famílias do setor 1 da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. A ação ocorreu durante dez meses e foi retomada em maio deste ano com a ajuda da Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, que obteve o apoio de empresas para iniciativas na Fundação destinadas ao combate à fome.

A equipe do Coletivo de Trabalhadores da FMA receberá, até outubro, 500 cestas básicas. Então 100 cestas serão distribuídas a cada mês para as famílias do setor 1 cuja situação de vulnerabilidade social e alimentar se agravou durante a pandemia da Covid-19. Neste novo ciclo de doações, foi inserido na cesta básica um sabão em pasta artesanal – item importante para lavar as mãos e se proteger da Covid-19.

Em junho, Valdirene Militão, da equipe de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, Agroecologia e Economia solidária  da FMA, produziu 400 sabões com o reaproveitamento de óleo de cozinha. Esta tecnologia social é promovida na Fiocruz Mata Atlântica, que realiza campanhas de coleta de óleo de cozinha e oficinas para fabricação de velas e sabão há vários anos pela equipe de Coleta Seletiva do programa. Essas atividades são voltadas para os moradores da Colônia Juliano Moreira.

“Foi a primeira vez que fiz uma produção voltada para a ação solidária. Aprendi a técnica de produzir os sabões artesanais num curso”, conta Valdirene. “Para mim é uma semente plantada. O sabão é bom. Espero que seja também para cada morador do setor 1 e que eles aprendam a produzir nas nossas oficinas, onde mostramos que o óleo de cozinha pode ser reaproveitado e não deve ir para a pia da cozinha. Essa semente pode ser também autonomia, geração de renda para quem fabrica o próprio sabão, e uma possibilidade de escolha e cuidado com o planeta”, observa com entusiasmo.

Orleia Ferreira Galvão, que reside com seu marido, dois filhos e cinco netos na estada do Fincão, conta que, com a pandemia, o marido e o filho, que são jardineiros autônomos, praticamente não têm sido chamados para trabalhar. Isto fez a renda da família diminuir drasticamente. “A cesta básica é um reconforto, um apoio, uma grande ajuda e dá esperança de que um mundo melhor virá”, diz.

Para Jussara de Oliveira, da comunidade Viana do Castelo, também no setor 1, a ação solidária é muito boa para os que estão precisando e importante até que a pandemia esteja controlada. Ela relata que ficou muito difícil com a Covid-19. “Tenho crianças e elas pedem coisas que a gente nem tem condições de comprar. Às vezes, nem temos pão e criança não espera, né. Vai fazer um ano que estou desempregada dos bicos que fazia; e de trabalho mesmo, uns cinco anos.”

Os voluntários do Coletivo que fazem atividades presenciais, como a entrega das cestas no campus da FMA, seguem o protocolo de biossegurança da OMS. E, além de observarem as situações de maior vulnerabilidade social e alimentar, orientam as famílias sobre as medidas de proteção necessárias, principalmente o uso obrigatório de máscaras faciais no momento em que recebem as cestas.

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