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Fiocruz é tema de audiência pública na Câmara dos Deputados


17/10/2013

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

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O novo medicamento contra a leishmaniose cutânea que estará disponível em quatro anos para o Sistema ùnico de Saúde (SUS), a primeira vacina contra esquistossomose aprovada nos testes clínicos da fase 1, a descoberta dos genes de resistência ao tratamento da lepra e o medicamento contra malária já pré-qualificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são apenas algumas das pesquisas da Fiocruz citadas por Paulo Gadelha, presidente da instituição, durante audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (16/10).

Durante o evento, que teve como tema a Fiocruz, Gadelha destacou aspectos que revelam os rumos que a instituição desenhou para si - o de ser uma instituição de saúde pública voltada para colocar a ciência, a tecnologia, a educação e a produção de serviços e insumos contribuindo para a redução das desigualdades e iniquidades sociais, e a consolidação do Sistema único de Saúde (SUS).  O presidente da Fiocruz destacou alguns números da Fundação, entre eles a  produção anual de 130 milhões de doses de vacina, 4 bilhões de medicamentos, 17 milhões de biofármacos, 9 milhões de kits diagnóstico, 1500 pesquisas em andamento, 7 mil estudantes em todo Brasil e cerca de 1500 trabalhos publicados por ano.

A presença da Fiocruz em todas as regiões do Brasil, o processo de implantação nos estados do Ceará, Mato Grosso do Sul, Piauí e Rondônia, a cooperação internacional com foco no fortalecimento da autonomia dos países, a exemplo da implantação da fábrica de antirretrovirais em Moçambique, e o apoio ao fortalecimento de sistemas de saúde de Angola e Haiti também foram ressaltados por Gadelha, além da cooperação no campo das neurociências com institutos franceses e do apoio para criação do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Isags).

Desenvolvimento produtivo

“No campo da nanotecnologia, a Fiocruz estuda o desenvolvimento de nanochips capazes de detectar, simultaneamente, diferentes moléculas associadas a agentes causadores de doenças; uma vacina nasal contra a leptospirose, a produção de nanopartículas de fármaco para aumentar sua dissolução e criar novas formas de administração, como por exemplo, antirretroviral para uso pediátrico”, informou Gadelha.

Dentro do Programa para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), através do qual o governo federal estimula a cooperação entre setor público e privado para realização de atividades relacionadas às políticas de saúde, ciência e tecnologia e desenvolvimento industrial, a  Fiocruz  formalizou 33 parcerias. Através delas, busca-se a nacionalização das vacinas antipneumocócica, varicela, pólio inativada injetável, medicamentos para Aids, Parkinson, câncer e outros; e novos métodos diagnósticos para sífilis, Aids, rubéola e hepatite B, o que resultaria em uma economia de R$ 6,5 bilhões em cinco anos.

Gadelha anunciou metas para o futuro como a transformação de Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) em empresa, a construção de nova planta de protótipos de vacinas e biofármacos  em Manguinhos e de novo centro de processamento  para Biomanguinhos em Santa Cruz, Rio de Janeiro, entre outros.

O presidente da Comissão, Deputado Rosinha PT- PR, destacou que a Fiocruz tem papel importante na elaboração da política de saúde brasileira e aceitou convite de visitar a instituição em breve. Participaram da audiência 22 parlamentares de diversos partidos, além dos vice-presidentes da Fiocruz José Bermudez, de Produção e Inovação em Saúde (VPPIPS), Valcler Fernandes, de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS) e Rodrigo Stabeli, de Pesquisa e Laboratórios de Referência (VPEIC).  E os diretores de Farmanguinhos, Hayne da Silva, da Fiocruz Rondônia, Ricardo Godoi Ferreira, e da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio.

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