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Fiocruz e Columbia discutem parceria em mudanças climáticas


20/03/2023

Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)

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Representantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e da Universidade de Columbia, dos Estados Unidos, se reuniram para iniciar o diálogo com vistas à cooperação em pesquisas sobre mudanças climáticas. A delegação da instituição americana foi recebida no Castelo Mourisco, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. O encontro contou com apresentações da vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas, Elizabeth Rangel; da coordenadora da Câmara Técnica de Ambiente e Saúde, Tereza Favre; e dos pesquisadores do IOC Martha Barata, Marco Horta e Clelia Christina Mello Silva Almeida da Costa. Por Columbia, participaram a vice-presidente executiva da universidade, Wafaa El-Sadr; as integrantes do Columbia Global Center do Rio de Janeiro, Teresa Borges e Camila Pontual; a coordenadora de iniciativas especiais da Columbia Global, Christine Hunt; e a diretora do Columbia Global Center de Nairóbi, no Quênia, Murugi Ndirangu.


Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as emissões de carbono de 2010 a 2019 foram as mais altas da história (Foto: Pixabay/Pexels)

El-Sadr destacou o interesse em estabelecer parcerias por meio do Climate Hub Rio, iniciativa lançada pela universidade em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro em 14 de março. “Queremos identificar áreas potenciais de sinergia. Estamos muito animados em estabelecer um Climate Hub no Rio. Esperamos que isso catalise a cooperação entre educadores, pesquisadores, profissionais e inovadores de Columbia e do Rio de Janeiro”, afirmou.

Como temas para futuras parcerias, a vice-presidente de Columbia destacou as pesquisas na interseção entre clima e saúde e o campo da formação e educação. “Acreditamos que as mudanças climáticas são um grande problema, que não será resolvido por uma disciplina ou uma ciência. Será necessário que as pessoas trabalhem de forma transdisciplinar e colaborativa para encontrar soluções”, completou.

A vice-diretora de Laboratórios de Referência, Ambulatórios e Coleções Biológicas do IOC também enfatizou a importância da cooperação no tema, destacando questões que já estão no alvo de pesquisas do Instituto, como o risco de aumento de doenças vetoriais e de desastres naturais. “A cooperação é muito importante para enfrentarmos o impacto das mudanças climáticas, que envolve questões ambientais e sociais. Essas duas dimensões precisam ser consideradas juntas”, ressaltou Elizabeth, que é coordenadora do componente de saúde no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC). 

O relatório produzido pela Câmara Técnica de Ambiente e Saúde sobre as competências do IOC na área foi compartilhado com a comitiva da Universidade de Columbia. A coordenadora da Câmara destacou que pelo menos 25 laboratórios do Instituto atuam em pesquisas com componente ambiental. “A maioria dos grupos trabalha com doenças associadas e perpetuadas pela pobreza, que são agravadas pelas modificações ambientais antrópicas”, apontou Tereza.

A atuação das pós-graduações do IOC na área também foi lembrada por Clélia, coordenadora do Programa de Ensino em Biociências e Saúde, e Marco, coordenador adjunto do Programa de Medicina Tropical. O potencial de cooperação entre IOC e Columbia também foi destacado por Martha, citando o exemplo da Urban Climate Change Research Network (Rede de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Urbanas - UCCRN). Com participação de mais de 1,2 mil pesquisadores, a rede tem sede global na Universidade de Columbia e sede latino-americana no IOC e na Coppe/UFRJ. “Temos muita sinergia e novas colaborações podem engajar mais pesquisadores e alunos”, afirmou a pesquisadora, que é uma das coordenadoras da UCCRN na América Latina.

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