21/10/2019
A Fiocruz Ceará debate, entre os dias 21 e 23 de outubro, o potencial transformador da ação educativa dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O evento acontece na sede da Fiocruz Ceará, no Polo Industrial e Tecnológico da Sáude (PITS) no município do Eusébio e deve reunir mais de 200 ACS.
A atividade faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que se estende até o dia 27 de outubro com o tema “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”. A temática está relacionada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estipulados pelas Nações Unidas e tem relação direta com a saúde humana e melhoria da qualidade de vida em territórios de vulnerabilidade socioambiental.
Entre as atividades, rodas de conversa sobre a atuação dos profissionais na Rede de Saúde Mental; em grandes empreendimentos; debates sobre a saúde dos ACS e sobre a identidade profissional, o trabalho, a educação e a saúde dos agentes de endemias, além do uso de novas tecnologias para o desempenho dos agentes.
Os agentes comunitários de saúde (ACS) desempenham um papel fundamental no modelo de atenção básica denominado Estratégia de Saúde da Família (ESF). No Ceará são cerca de 14.600 profissionais que diariamente visitam lares levando informações, vendo e ouvindo e aconselhando a população sobre alimentação, saúde educação e outros temas. No Brasil são 260 mil agentes.
As atividades dos ACS estão diretamente ligadas ao bom funcionamento do Sistema Único de Saúde porque a forma de atendimento tem caráter preventivo e resolutivo, com ênfase no vínculo criado entre a comunidade e a equipe de saúde. Nesse contexto, acredita-se que o ACS e Agentes de Endemias podem contribuir de forma significativa com a tradução de informações relevantes do ponto de vista da saúde das famílias e dos seus respectivos territórios.
No Ceará, que tem uma significativa força de trabalho em saúde ancorada nos ACS, estudos e cooperações técnicas da Fiocruz são realizados em parceria com os municípios de Eusébio, Fortaleza, Tauá, Caucaia, entre outros que tem demonstrado dificuldades dos ACS em transitar em territórios vulneráveis por situações de violência urbana. As atividades na Zona Rural também preocupam, diante da dificuldade na circulação das informações.
Nesse cenário é preciso instrumentalizar os ACS com outras formas de comunicação e interação virtual com as famílias vulneráveis, para que possam circular vídeos, mensagens, fotos, redes sociais, e, outras estratégias que possam servir como ações não só informativas, mas educativas realizadas pelos ACS na propagação de informações relevantes em saúde pública.