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Fiocruz apoia 5ª Caminhada da Paz com Garantia de Direitos


18/08/2017

Por: Luiza Gomes (Cooperação Social da Fiocruz)

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Neste domingo (20/8), movimentos sociais, organizações e coletivos de arte e cultura de Manguinhos organizam a 5ª Caminhada da Paz com Garantia de Direitos. O encontro reunirá moradores e trabalhadores da região em um ato cultural e político de denúncia e apelo diante do cenário de violência armada que tem vitimado a população. O encontro começará às 9h, na Rua Leopoldo Bulhões, no trecho entre os conjuntos residenciais Nelson Mandela e Nova Embratel, e seguirá até as 14h.

Além da participação de coletivos de Manguinhos, a programação do dia contará com apresentações culturais e falas reinvindicatórias. O Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) entregará a Medalha Jorge Careli de Direitos Humanos ao time Estrelas do Mandela Futebol Clube e à Comissão dos Agentes Comunitários de Saúde de Manguinhos e o Prêmio Sérgio Arouca de Saúde e Cidadania ao Fórum Basta de Violência (Maré) e à moradora Jane da Silva Carneiro.

A primeira Caminhada da Paz aconteceu em 2005, a partir das discussões da Agenda Redutora de Violência, que reunia atores sociais do território, trabalhadores da Fiocruz e outras institucionalidades, a fim de que fossem elaboradas estratégias para mitigação das diferentes formas de violência sofridas pela população. O evento, desde a sua primeira edição, conta com o apoio da Fiocruz.

“Os relatos de tiroteios são cotidianos e não é raro que circulem nas redes sociais filmagens de vítimas desses confrontos. A vida, direito fundamental de todos os seres humanos, é ameaçada diariamente, desencadeando uma série de violações cada vez mais agressivas e banalizadas pelos detentores do poder”, segundo os organizadores do evento.

Defesa do direito à vida e à saúde
A Fiocruz vem se posicionando junto ao Governo do Estado do Rio de Janeiro – e perante a sociedade de forma ampla – na busca por soluções que deem conta do cenário de intensas violações de direitos humanos sofridas pelos moradores e trabalhadores das favelas de Manguinhos e Maré. Em abril, após um projétil de bala ter atravessado uma janela da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), foi convocado um ato contra a violência pelos trabalhadores da instituição, alunos e movimentos sociais.

Em abril, funcionários da Fiocruz, alunos e movimentos sociais organizaram ato contra a violência (Foto: Maycon Gomes)

Por meio de nota, em maio, a Fiocruz repudiou a estratégia de segurança pública empreendida pelo governo do Estado. Em julho, a Fundação entregou ao governador do estado um ofício no qual pede proteção diferenciada às escolas, serviços de saúde e demais equipamentos públicos localizados na região. Junto à população de Manguinhos, a Fiocruz vem apoiando a Comissão Contra a Violência desde o ano passado. A comissão – que passou a reunir lideranças também de Jacarezinho, Maré, Rocinha e Cerro-Corá – desenvolve atos culturais e tem se articulado de diversas formas para a efetivação dos direitos fundamentais da população e o exercício do controle social de políticas públicas.

Programação

9h às 9h30: Concentração na Rua Leopoldo Bulhões
9h30 às 11h: Cortejo nas comunidades de Manguinhos chamando os moradores para a Caminhada
11h às 13h: Retorno para o palco na Rua Leopoldo Bulhões, com atrações artísticas e falas de coletivos
13h às 14h: Entrega das medalhas de direitos humanos e falas de coletivos e parceiros encerrando a Caminhada

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