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Eugenia na América Latina é tema de livro da Editora Fiocruz


14/10/2005

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Eugenia na América Latina é tema de livro da Editora Fiocruz

A editora Fiocruz está lançando A Hora da Eugenia - raça, gênero e nação na América Latina, de Nancy Leys Stepan. No livro, que faz parte da coleção História e Saúde, a autora faz um relevante estudo sobre o movimento eugênico latino-americano entre as décadas de 1910 e de 1940. Nancy Stepan é professora de história da ciência e da medicina da Universidade de Colúmbia, em Nova York, e já lançou inúmeros livros.

Eugenia, palavra inventada pelo cientista britânico Francis Galton em 1883, é o movimento científico e social, que lutava pelo "aprimoramento" da raça, ou seja, pela "pureza" de determinados grupos. O curioso, segundo a autora, é que mesmo sendo os latino-americanos encarados pela maioria dos eugenistas como "tropicais" e "atrasados", o movimento ganhou força no continente.

Nancy Stepan, que iniciou suas pesquisas sobre o tema no Brasil, diz que o discurso da eugenia no país, serviu de base para diversos projetos políticos. Segundo prefácio de Gilberto Hochman, pesquisador da Casa de Oswaldo Cruz, "na impossibilidade de eliminar, trocar de povo ou embranquecê-lo, as elites promoveram uma variedade de diálogos flexíveis entre eugenia, saneamento e reforma social (...) que revela aspectos perversos caminhos de se civilizar a América Latina e suas populações ". 

A Hora da Eugenia é fruto de intenso trabalho de pesquisa e revela algumas curiosidades, como a criação da Sociedade Eugênica de São Paulo, nascida em 25 de janeiro de 1918, que representou o primeiro passo na organização do movimento na América Latina.

 

 

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