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Estudo da Escola Nacional de Saúde Pública aborda relação entre nanotecnologia e saúde


15/10/2013

Fonte: Informe Ensp

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A tese de doutorado Patenteamento em nanotecnologia no Brasil: desenvolvimento, potencialidades e reflexões para o meio ambiente e a saúde pública, apresentada ao Programa de Saúde Pública na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) por Leonardo da Silva Sant'Anna, faz um estudo de prospecção tecnológica na área e discute sua evolução e implicações para a saúde humana e ambiental. O trabalho também debate as associações e aplicações benéficas, com o desenvolvimento de produtos nanoengenheirados, pendentes em avaliação de risco. O autor coletou dados, entre 1990 e 2011, da produção tecnológica sobre nanotecnologia, por meio de patentes depositadas no Brasil.

A nanotecnologia vem sendo anunciada como uma nova revolução tecnológica que, de tão profunda, irá atingir todos os aspectos da sociedade humana. Ela envolve o estudo e a manipulação da matéria em uma escala muito pequena, geralmente na faixa de um a cem nanômetros (um metro equivale a um bilhão de nanômetros). “Ela caracteriza-se pela utilização das propriedades de materiais em nanoescala que diferem das propriedades dos átomos individuais, moléculas e da matéria a granel, para criar melhores materiais, dispositivos e sistemas que exploram essas novas propriedades”, explicou Leonardo.

Segundo o autor, a pesquisa é resultado da análise de dados obtidos nas bases de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e da Derwent Innovation Index, além de dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, nanomateriais são encontrados em diversos campos: industriais, de serviços ou manufaturas, com aplicações nas indústrias de cosméticos e alimentos, biotecnologia, medicina, engenharia, energia, entre outros.

 “O estudo demonstrou que os processos nanotecnológicos emergem significativamente no Brasil, potencializando o desenvolvimento com a consequente disponibilização de produtos gerados, bem como para realizar a análise de tendências da atividade de patenteamento em nanotecnologia”, disse Leonardo. Ainda segundo o autor, “as novas fronteiras do conhecimento em nanomateriais estão proporcionando o desenvolvimento, como inovação tecnológica, sem perder de vista o atual estágio de desenvolvimento científico do país; entretanto, os riscos para a saúde humana, as vias de exposição dos nanomateriais sobre o corpo humano e a segurança são questões que precisam ser mais estudadas e discutidas”, concluiu.

Leia a reportagem na íntegra na Agência Fiocruz de Notícias.

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