Escola Nacional de Saúde Pública formará agentes de vigilância para a Renast

Um projeto de formação da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde, vai qualificar 80 agentes de vigilância para a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Depois de formados, estes agentes serão multiplicadores do curso em suas regiões, organizando o mínimo de uma nova turma por capacitador, chegando a 2400 novos agentes públicos de vigilância até 2015.

A iniciativa é coordenada pelo pesquisador do Grupo Direitos Humanos e Saúde Helena Besserman (Dihs/Ensp), Luiz Carlos Fadel, que reuniu representantes das três regiões em fevereiro, na Ensp, com o objetivo de definir a coordenação colegiada do projeto. “Decidimos que os membros que comporão a coordenação colegiada serão os tutores dos multiplicadores. Eles terão uma supervisão desse núcleo colegiado e trabalharemos em rede para atender toda a Renast”, explica Fadel.

Os 80 multiplicadores serão indicados pelos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) das regiões envolvidas. Apesar da Renast possuir cerca de 210 Centros de Referência em todo o território nacional, a carência de agentes é um quadro comum no país, sendo ainda mais significativa nas três regiões inicialmente priorizadas. 

“Um dos aspectos mais importantes desse projeto de formação é a estratégia de articulação de uma rede. Trata-se de formar pessoas que depois serão multiplicadores desses cursos. A proposta  de formação é inovadora, pois já tivemos alguns processos pontuais que acabam ficando neles mesmos, de maneira que perdemos alguns técnicos formados”, afirma a coordenadora estadual da Saúde do Trabalhador de São Paulo, Simone Alves dos Santos, que participou do encontro para auxiliar a composição da coordenação.