07/08/2013
As configurações familiares contemporâneas exigem dos homens maior participação nas tarefas domésticas e no cuidado e educação das crianças. Mas no Brasil, enquanto a licença-maternidade chega aos seis meses, a licença-paternidade permanece sendo de apenas 5 dias corridos. Em entrevista, a assistente social do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Aline de Carvalho Martins fala sobre as dificuldades e os avanços no exercício de uma paternidade mais participativa. Ela faz um retrospecto de como os imaginários sociais no Brasil têm tratado o papel do pai. Cita o preconceito que os pais solteiros ainda enfrentam no dia a dia. E alerta: a legislação brasileira ainda precisa avançar em termos de participação paterna no cuidado com as crianças.
Aline cita exemplos de alguns países, como Suécia, Dinamarca, Alemanha, Islândia e Cuba, que já implementaram algum tipo de licença parental, total ou parcialmente remunerada pelo governo, que pode ser dividida entre mães e pais. Ela também ressalta que unidades de saúde devem estimular a participação dos pais na vida dos filhos desde a gestação: "É importante que a unidade de saúde acolha, informe e oriente o homem desde o planejamento da gestação. Em nível ambulatorial, é importante que o pré-natal possibilite tanto a participação do homem nas consultas, para que ele possa expressar dúvidas e questionamentos, quanto desenvolva trabalhos grupais de promoção da saúde, que os prepare para os cuidados com a criança após o nascimento."
Leia a entrevista na íntegra, no site do IFF/Fiocruz.
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