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Ensp/Fiocruz convida para lançamento da cartilha sobre migração, trabalho e violência


19/10/2023

Fonte: Ensp/Fiocruz

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Foto de dezenas de migrantes caminhando em uma região seca com dia ensolarado
‘O nosso Norte é o Sul’. É baseada neste lema que a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) vai realizar, no dia 30 de novembro, o encontro Trabalhadoras(es) migrantes, saúde e violências: aproximações interseccionais e decoloniais. No evento, será lançada a cartilha Migração, Trabalho e Violência: interfaces com a saúde, elaborada para migrantes e com a participação deles. A finalidade da publicação é compartilhar conhecimento sobre violências e o mundo do trabalho. A atividade será às 14h, na sala 410. Para participar presencialmente, inscreva-se aqui. Haverá transmissão ao vivo pelo canal da Ensp no Youtube

A mesa contará com a participação de duas mulheres migrantes: Catalina Revollo Pardo, pós-doutora Capes/PNPD do Programa EICOS, do Instituto de Psicologia da UFRJ, e Yelitza Josefina Lafont Paredes, assistente de desenvolvimento familiar e comunitário - Aldeias Infantis/RJ, liderança no Morro do Banco/RJ. Também estarão presentes as coordenadoras da pesquisa, Cristiane Batista Andrade, do Departamento de Estudos de Violências e Saúde Jorge Careli (Claves/Ensp/Fiocruz) e Corina Mendes, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), além de Lilian Freitas, coordenadora do Comitê Técnico Estadual de Saúde Integral da População Imigrante e Refugiada do Estado do Rio de Janeiro, e Ana Cristina Nunes, coordenadora do Aldeias Infantis/RJ. A mediação será de Fernanda Mendes Lages Ribeiro (Claves/Ensp/Fiocruz) 

A nova cartilha é um produto do estudo Migração, saúde e violências: experiências de trabalhadoras(es) migrantes e refugiadas(os) no Rio de Janeiro, financiada pelo programa INOVA - Geração do Conhecimento/Fiocruz (2022-2023). O objetivo geral da pesquisa foi analisar o processo de migração/refúgio e suas repercussões na vida, no trabalho e na saúde de migrantes que estão trabalhando na capital fluminense, sob a perspectiva da interseccionalidade e dos feminismos decoloniais.

Alguns dos alvos específicos das investigações foram as (re)inserções laborais e educacionais de migrantes e refugiadas(os). Além disso, a pesquisa objetivou discutir as percepções dessas pessoas a respeito da saúde e a presença ou não de doenças relativas ao estresse e às emoções, como as doenças mentais, ocupacionais, covid-19, por exemplo. Outro foco foi debater o trabalho reprodutivo (cuidado familiar, maternidade e as atividades domésticas) entre as mulheres migrantes e refugiadas e, ainda, analisar as vivências de violências, como a xenofobia, as discriminações raciais/racismo, as desigualdades de gênero, os assédios moral e sexual, a propensão ao trabalho escravo contemporâneo e à exploração sexual. 

“De maneira geral, os resultados empíricos apontam as inúmeras vulnerabilidades, violações de direitos e violências às quais estão submetidas(os) as(os) migrantes no mundo do trabalho, na educação e na vida cotidiana no país, assim como a reificação de relações de gênero e raciais desiguais, que são questões estruturais no Brasil”, afirmam as coordenadoras da pesquisa. Os resultados detalhados relativos aos temas trabalho, saúde e violência serão apresentados durante o evento do dia 30 de novembro.

Foto de dezenas de migrantes caminhando em uma região seca com dia ensolarado

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