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Encontro reúne 20 grupos de pesquisa da Rede PMA-APS


09/05/2023

Por Comunicação da VPPCB

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Fortalecer a disseminação científica, conhecer resultados e produtos de pesquisa, integrar pesquisadores e aprimorar o trabalho da gestão foram alguns dos objetivos da 7ª Reunião Geral da Rede PMA APS. Entre os dias 25 e 26 de abril, o Hotel Windsor Florida, no Rio de Janeiro, recebeu mais de 90 participantes da Rede de várias partes do país. Apesar de estar na sua sétima edição, essa foi a primeira reunião presencial da Rede PMA APS, que começou em 2020 pelo Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão à Saúde (PMA), vinculado à Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB).

As apresentações das 20 pesquisas e as discussões realizadas no encontro possibilitaram ampliar o alcance das pautas abordadas pelos integrantes da Rede. A programação também contou com as Místicas de Acolhimento, práticas de integração que também promovem momentos de reflexão. Exercícios e música com representantes indígenas fizeram parte das dinâmicas de grupo e incentivaram o compartilhamento de perspectivas.

A coordenadora do PMA, Isabela Santos, destacou em sua fala de abertura a importância da reunião e o papel estratégico do processo de aplicação dos resultados das pesquisas em soluções no campo das políticas públicas. Para Isabela, o foco deve ser contribuir para descobertas que possam aperfeiçoar o Sistema Único de Saúde (SUS). 

“No tempo de isolamento em 2020 iniciamos de forma virtual a Rede APS e criamos uma metodologia por temas. Assim foi possível trazer todas as unidades Fiocruz e criar essa chance de diálogo permite trabalhos futuros. Aqui apresentamos os resultados que também possibilitam encaminhamento para construção coletiva”. 


A Secretária Nacional da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, participou do encontro e ressaltou que a participação da secretaria, ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, é uma iniciativa fundamental para trazer os movimentos sociais para ajudar a identificar lacunas na atenção às pessoas com deficiência e nortear os caminhos a serem tomados. 

“A agenda da Fiocruz, por meio das ações do PMA, é essencial, pois reúne esses grupos que conseguem fazer diálogo da sociedade civil e outros lugares de experiência para provocar a mudança nas políticas públicas. Quando a saúde é entendida e impactada pela realidade das nossas diversidades, crescemos juntos”. Explicou a secretária.

Os dois dias de encontro mostraram como as pesquisas do PMA colocaram o usuário de serviços de saúde em posição de protagonismo, muitas vezes utilizando uma metodologia participativa que avalia diversos aspectos da atenção primária. Um exemplo disso foi a presença de pessoas que vivem a realidade investigada e contribuíram para o desenvolvimento de algumas das pesquisas, chamadas de interlocutores pelo Programa.

Claudeth Munduruku e Sindomar Waru, apresentaram junto com a coordenadora Ana Cláudia Vasconcellos os resultados da pesquisa “Impacto do Mercúrio na saúde de indígenas Munduruku: Uma abordagem integrada Pesquisa-Serviço-Educação”. Lilian Leonel é redutora de danos e interlocutora da pesquisa “Marcador social de raça, acesso e cuidado à população em situação de rua na APS - em busca de formas colaborativas de produção de ‘saber - intervenção’ contra o racismo”. Ao participar da apresentação do estudo do qual fez parte, ela disse: “Na pandemia, o negócio era ‘não sai de casa’ e eu moro na rua. Quando chegaram as vacinas, eram poucas, pensamos que ficaríamos por último e que íamos morrer. Mas lá estava Redes da Maré, Consultório de Rua e Fiocruz. Nós tomamos todas as vacinas”.

Também foi possível perceber a integração de pesquisadores experientes com jovens, como a estudante de museologia Letícia Oliveira. Há um ano ela está no Programa de Iniciação Científica de Manguinhos, que faz parte da Coordenação de Fomento à Pesquisa, também da VPPCB, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp). “Fazer parte do IC-Manguinhos possibilita uma caminhada de trabalho de campo, documentar e fazer disseminação científica e assim desenvolver o início da parte prática da  formação e contribuir para minha área”, disse a estudante.

Para ela, estar na pesquisa “Modos de brincar e de cuidar de crianças entre camadas populares no contexto da pandemia pelo Covid-19: o cotidiano das famílias e repercussões e subsídios para o atendimento em saúde”, coordenada por Liane Braga, é uma possibilidade de desenvolver um trabalho e ver resultados tanto nas crianças quanto nos próprios pesquisadores: “Cada um dos bolsistas insere o aprendizado na carreira e nós vemos o quanto estamos nos aprimorando”.
 
Ao fim do encontro os encaminhamentos foram apresentados para buscar a formalização de parcerias institucionais, produção de eventos e documentos coletivos. No segundo semestre de 2023 uma outra reunião de conclusão de edital será realizada e uma nova Rede PMA será iniciada com grupos de pesquisa da Fiocruz.

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