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Encontro Fio-Leish debate questões das leishmanioses


26/06/2023

Por Cristiane Boar (VPPCB)

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O Programa de Pesquisa Translacional (PPT) da Vice-presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) da Fiocruz promoveu o II Encontro do Programa Fio-Leish, o Simpósio Nacional em Leishmaniose, no Hotel Windsor Florida no Rio de Janeiro, de 23 a 25 de maio, com o intuito de dar prosseguimento ao trabalho estruturado em rede, iniciado em 2022. O evento é anual e contou com a presença de pesquisadores em leishmaniose da Fiocruz e representantes do Ministério da Saúde (MS) para discussão das principais ações e inovações no assunto.

A mesa de abertura teve a participação da vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas, Maria de Lourdes Aguiar Oliveira; do coordenador do PPT, Wim Degrave; da diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS), Alda Maria da Cruz e contou com os coordenadores da rede Fio-Leish Sinval Pinto Brandão Filho, do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco); Camila Indiani de Oliveira, do Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia) e Elisa Cupolillo, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

O Fio-Leish foi criado na perspectiva de buscar respostas e soluções no contexto da Leishmaniose, que figura entre as principais doenças tropicais negligenciadas, com mais de 12 milhões de infectados no mundo. A rede Fio-Leish da Fiocruz atualmente é composta por mais de cem pesquisadores, que integram cerca de 40 grupos de pesquisa.

Para a vice-presidente Maria de Lourdes, a valorização da ciência pela translação do conhecimento traz novas oportunidades para enriquecer a saúde pública. “Intensificar o trabalho do PPT é uma forma de buscarmos o desenvolvimento tecnológico e a inovação em saúde. Assim temos alcance em diagnóstico, terapia, prevenção, além de políticas no âmbito da saúde individual e coletiva, que fortalece sistematicamente o Sistema Único de Saúde (SUS) para a redução das desigualdades. Ainda, tem papel crucial no fortalecimento do complexo econômico-industrial da saúde, buscando garantir ao país autossuficiência em áreas estratégicas,” completou Lourdes.

A parceria com o Ministério da Saúde traz o resgate da ciência como valor fundamental e viabiliza respostas para o país como colocou Alda Maria da Cruz. “O MS agrega a integração e há possibilidade de trazermos para a comunidade de pesquisa em leishmaniose quais são as demandas que o Ministério tem em relação às abordagens em diferentes aspectos como epidemiológia e diagnóstico. A SVSA consegue identificar quais são as ações prioritárias. A colaboração e a interface que almejamos é aproveitar a riqueza da Fiocruz e o sinergismo  de redes que já funcionam e que podem contribuir com as ações para aumentar nossas parcerias.

O encontro incluiu na programação um primeiro dia com apresentações que puderam trazer novos olhares como destacou o coordenador Sinval Brandão. “Estamos dando continuidade ao que discutimos na reunião de 2022, em Petrópolis e em menos de um ano já estamos com as cartas de intenção e o encaminhamento de projetos. Trouxemos para esses dias um painel de discussão com apontamentos da história das leishmanioses no mundo, além das possibilidades de integração com as Coleções Biológicas e a Plataforma de Pesquisa Clínica da Fiocruz. É proveitoso fazermos esse alinhamento buscando caminhos dentro da própria Fundação.”

A organização em cinco eixos temáticos possibilita a dinâmica de entendimento das áreas dos projetos. Reunir essas frentes de trabalho permitiu a organização dos grupos. como explica Camila Indiani. “Os eixos de diagnóstico, tratamento, imunopatogênese , ecoepidemiologia e educação possibilitam a apresentação das propostas dentro da Fio-Leish e nesses três dias foi muito rico perceber que cada grupo conseguiu formular propostas e envolver várias unidades. 

A iniciativa de trabalhar em rede deve ser institucionalizada como trouxe no encaminhamento Elisa Cupolilo. “Essas discussões que tivemos e as apresentações dos grupos fortalecem a estrutura que estamos planejando para atender às demandas da comunidade científica e levar respostas para as demandas do Ministério, assim conseguiremos mais oportunidades de financiamento.

Para iniciar as oportunidades, um Edital promovido pela Plataforma de Pesquisa Clínica da VPPCB está sendo estruturado e será lançado no  2º semestre de 2023.

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