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Droga abortiva duplica risco de anomalias em fetos


14/07/2008

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Droga abortiva duplica risco de anomalias em fetos

Embora o aborto seja ilegal no Brasil, alguns produtos são utilizados como métodos abortivos por mulheres em todo o país, como hormônios sexuais e o medicamento misoprostol – versão sintética da prostaglandina, introduzida no Brasil em 1986 para o tratamento de úlceras gástricas. Em pesquisa feita com quase cinco mil gestantes de seis capitais brasileiras, 14,6% das participantes relataram ter usado produtos para induzir a menstruação. Especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) associaram tais métodos a um risco aumentado de o bebê apresentar anomalias congênitas.

A amostra para estudo foi constituída de mulheres com mais de 20 anos, entre a 21ª e a 28ª semanas de gestação, atendidas em unidades de assistência pré-natal vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) em Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Entre as participantes que relataram uso de substâncias para induzir a menstruação – sobretudo para descobrir se estavam ou não grávidas –, 34,4% afirmaram tomar chás de ervas; 28,3% usaram hormônios sexuais; e 17%, misoprostol.

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