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Cursos de pós-graduação da Fiocruz se destacam na avaliação trienal da Capes


16/12/2013

Por: Leonardo Azevedo, com informações de Valéria Vasconcelos Padrão e Pedro Matos (CCS/Capes)

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Dois programas da Fiocruz alcançaram a nota máxima na Avaliação Trienal dos Programas de Pós-Graduação, realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os programas de biologia celular e molecular e de biologia parasitária, ambos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), receberam nota 7. Outros cinco ficaram com nota 6: de pesquisa clínica em doenças infecciosas, do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec); de ciências da saúde, da Fiocruz Minas; de saúde pública, de epidemiologia em saúde pública e de saúde pública e meio ambiente, todos da  Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp).

Formalmente vinculado à Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Programa em Patologia Humana, que conta com participação importante da Fiocruz Bahia, manteve a nota 6. O programa está em processo de reconhecimento formal da parceria pela Capes. Os dados da Capes mostram que, em âmbito nacional, cerca de 12% dos programas atingem os conceitos 6 e 7. Na Fiocruz, 30% dos programas stricto sensu apresentam desempenho equivalente ao alto padrão internacional. Metade dos programas em stricto sensu da instituição subiu de conceito.

Para a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, o desempenho é resultado do empenho e comprometimento de gestores, docentes, discentes e coordenadores de pós-graduação que tem se dedicado à excelência acadêmica na instituição e sua importância para o papel estratégico da Fiocruz  na ciência, tecnologia e inovação, componente essencial do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os programas da Fiocruz que receberam nota 5 são: ensino em biociências e saúde e de medicina tropical, ambos do IOC; saúde da criança e da mulher, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF); história das ciências e da saúde, da Casa de Oswaldo Cruz (COC); informação e comunicação em saúde, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict); e de vigilância sanitária, do Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS).

Mestrado profissional

Em relação aos cursos de mestrado profissional, modalidade que a Fundação tem participação significativa, houve também um avanço importante na avaliação. Do total de cursos, 27,3% observaram um aumento de conceito. Três programas (36%) atingiram o conceito 5, nota máxima na modalidade: saúde pública e de epidemiologia em saúde pública, ambos da Ensp; e saúde da criança e da mulher, do IFF.

A Capes faz a cada três anos um rigoroso acompanhamento e avaliação de programas de pós-graduação stricto sensu de todo o Brasil. Os cursos são avaliados segundo critérios como produção científica e formação do corpo docente. Foram analisados 5.082 cursos, sendo 2.893 de mestrado, 1.792 de doutorado e 397 de mestrado profissional. O resultado é válido para os próximos três anos.

Uma reportagem publicada na Agência Fiocruz de Notícias mostra que a Fiocruz formou 1.389 doutores e 4.184 mestres nos últimos 14 anos. O compromisso institucional com a pós é visto em parcerias e iniciativas como o Programa de Excelência, que busca melhorar a qualidade dos cursos oferecidos pela Fundação. Por meio da análise dos programas, busca-se identificar pontos fracos e definir estratégias para superá-los. As experiências bem-sucedidas também são examinadas com o intuito de compartilhá-las com outros programas da instituição.

Crescimento na oferta

Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o sistema de pós-graduação cresceu, aumentou a qualidade e se distribuiu melhor pelo Brasil. Os dados mostram que o número de cursos ofertados no país cresceu aproximadamente 23% no último triênio. A região Norte foi a que teve maior crescimento de cursos de mestrado e doutorado (40%), seguida pelo Centro-Oeste com 37% e Nordeste com 33%. Sul e Sudeste, regiões com maior número de programas de pós-graduação, tiveram crescimento de 25% e 14%, respectivamente.

"Queremos mudar a realidade recente de estados do Brasil que possuíam menos programas de pós-graduação que uma instituição de ensino superior em São Paulo", afirmou o ministro, ao destacar haver um esforço do governo para promover essa desconcentração.

"Estamos formando mais e produzindo mais intelectualmente – artigos, livro, produção técnica. Éramos o 32° em produção científica e hoje somos o 13°", observou o ministro, após divulgar que em 2010 foram produzidos 127.860 artigos científicos, número que subiu para 171.969 em 2012. A produção técnica (produtos, processos, patentes, relatórios técnicos) aumentou de 265.410 em 2010 para 323.382 em 2012.  

Reconsideração

O resultado será oficiado às pró-reitorias das respectivas instituições de ensino superior, acompanhados das fichas individualizadas de cada programa de pós-graduação. No ofício constarão orientações acerca de prazo e forma de apresentação de eventuais pedidos de reconsideração.

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