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Cursos da Escola Politécnica de Saúde completam 25 anos


08/04/2013

Por Talita Rodrigues / Agência Fiocruz de Notícias

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Com uma turma de 24 alunos do Curso Técnico de 2º grau – atual Ensino Médio –, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) iniciou em 14 de março de 1988 sua trajetória na educação profissional em saúde integrada ao Ensino Médio, que completa 25 anos em 2013. Com as habilitações em histologia, patologia clínica e administração hospitalar, a primeira turma se formou em 1990. Hoje, já são mais de 750 alunos formados em diversas habilitações do Curso Técnico de Nível Médio em Saúde (CTNMS).

Criada em 1985, a Escola se tornou uma unidade técnico-científica da Fiocruz em 1989, com a missão de promover a educação profissional de nível básico e técnico em saúde em âmbito nacional. A perspectiva era formar trabalhadores para o Sistema Único de Saúde. “A proposta político-pedagógica da escola foi construída a partir dos fundamentos de uma visão crítica embasada num conjunto de autores, entre os quais se destacavam Marx, Gramsci e Paulo Freire, e em consonância com os princípios da Reforma Sanitária”, explica o vice-diretor de Ensino e Informação da EPSJV, Marco Antônio Santos.

“Ao longo dos 25 anos, a escola buscou traduzir na prática estes referenciais, incorporando os elementos constitutivos de uma formação humanista e os fundamentos científicos e tecnológicos do trabalho em saúde”, afirma o vice-diretor. Hoje, a Politécnica mantém os cursos técnicos de nível médio em saúde de análises clínicas, gerência em serviços de saúde e vigilância em saúde. Atualmente, a EPSJV tem 218 alunos matriculados nas três habilitações.

Ensino

Referência nacional no campo da educação profissional em saúde, a Politécnica é Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a Educação de Técnicos em Saúde. “Um diferencial entre o ensino da escola e o da maioria das instituições de educação profissional é a proposta de uma educação politécnica que integra a formação geral e a formação técnica, entendidas como indissociáveis. Tal integração impõe um trabalho educativo de horário integral como condição necessária à construção do conhecimento através do estudo, da pesquisa e da experiência de estágios e de trabalhos de campo”, destaca Marco Antônio.

Além dos cursos integrados, oferece ainda cursos de Formação Inicial e Continuada, Subsequentes ao Ensino Médio e de Especialização Técnica nas áreas de Vigilância em Saúde, Atenção, Informações e Registros, Gestão, Técnicas Laboratoriais e Manutenção de Equipamentos. A Escola Politécnica tem ainda um Programa de Pós-graduação em Educação Profissional em Saúde.

Iniciação científica

Na Escola, a pesquisa é um princípio educativo e está diretamente associada às atividades de ensino. Foram incorporados docentes com carga horária dedicada à pesquisa e adotada a exigência da produção de uma monografia pelos alunos como trabalho de conclusão de curso. “A recente participação dos alunos no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – Ensino Médio (Pibic-EM) do CNPq demonstram o empenho da escola em estimular e criar condições favoráveis ao desenvolvimento das atividades de pesquisa entre professores e estudantes”, ressalta Marco Antônio.

Aluno da primeira turma do curso integrado, Paulo César de Castro Ribeiro, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), se formou na habilitação em administração hospitalar, atual gerência em serviços de saúde. “Como bons adolescentes incentivados pela escola a sermos bastante questionadores, durante o curso reclamamos muito das mudanças e ajustes que iam sendo aplicados e gostávamos de dizer que éramos as cobaias para o que a escola ainda viria a ser”, lembra Ribeiro.

Após se formar, ele foi bolsista do Instituto Fernandes Figueira (IFF), tornou-se servidor da Fiocruz em 1996 e atualmente é coordenador do Laboratório de Educação Profissional em Gestão em Saúde. Ele ressalta o valor da escola. “Vimos o quanto tínhamos crescido, tanto academicamente, quanto como homens e mulheres capazes de enfrentar as contradições e dificuldades que a realidade nos coloca”, conta. Novo aluno na mesma habilitação do coordenador, Igor Ulisses Leite Gomes, 16 anos, morador da Vila da Penha e ex-aluno de uma escola municipal, tem grandes expectativas. “Não tenho nem como mensurar como estou feliz de estudar aqui. O curso é ótimo, os professores também e meu colegas são como eu, pessoas que vieram de escolas públicas”, diz.

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