Creche Fiocruz debate agroecologia

No dia 30 de março, a Creche Fiocruz promoveu o evento A importância da agroecologia na educação infantil da Fiocruz. A gravação está disponível no canal da Cogepe no YouTube. A atividade contou com a participação de André Burigo, da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS), Jorge Cariuz, da Coordenação-Geral de Infraestrutura dos Campi (Cogic), e Wanessa Natividade, da Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST/Cogepe).

A diretora da Creche Fiocruz, Silvia Motta, explicou que no retorno ao trabalho presencial, diante do cenário de incertezas sociais e econômicas agravados com a pandemia, a equipe da creche decidiu criar uma horta. “Encontramos o André Burigo, que abriu muitas portas para a gente. Nós já fazíamos agroecologia na creche, a vida inteira. [Fazemos agroecologia] quando temos cuidado, respeito, quando fazemos alimentação saudável, quando temos a horta, quando procuramos dar o melhor que temos e humanizar as relações. Mas podemos fazer mais. E isso que tentamos fazer nesse encontro com pessoas tão incríveis”. Silvia disse que a creche está empenhada em realizar uma mudança cultural. “Ela [mudança cultural] precisa de um tempo. Estamos trabalhando com as bandeiras da agroecologia. Elas servem como estopim para muitos trabalhos que estão sendo desenvolvidos pedagogicamente, tanto para as crianças, quanto para os professores”, enfatizou Silvia.

André Burigo destacou o aspecto coletivo do trabalho de agroecologia que se realiza na Fundação. “A gente vai construindo essa rede na Fiocruz. É um trabalho todo tecido em rede. Um projeto conduzido pela creche, mas que a Vice-Presidência (VPAAPS) trabalha para que avance para dentro da Fiocruz e para fora, como política pública. Tivemos experiências muito exitosas. A Creche Fiocruz é uma referência nacional de educação infantil e primeira infância, e com esse projeto coloca mais uma camada”, disse. Burigo definiu o projeto de agroecologia da creche como sensacional e disse ser muito importante que as famílias tomem consciência e se apropriem desse trabalho. “Se os pais e as mães da creche não participarem dessa construção, uma parte muito importante ficará de fora”, afirmou.

Wanessa Natividade comemorou os avanços institucionais ocorridos nos últimos anos em relação ao tema da alimentação saudável, a partir de iniciativas que promovam a reflexão dos trabalhadores e a própria transformação dos processos de trabalho. “Estou na instituição há 13 anos e fico muito contente em observar todo esse percurso, esse caminhar, essa robustez que vamos ganhando a longo prazo”, disse Wanessa, destacando que a creche sempre foi uma parceira importante nesse processo. Para Wanessa, quando se começa a falar de alimentação, de meio ambiente, consegue-se entender quais são os desafios a serem enfrentados.

Jorge Cariuz exaltou a parceria com a creche. Ele explicou sobre a importância do projeto de compostagem, realizado pela Cogic há bastante tempo e que vem se expandindo para outras unidades. “A compostagem tem um ciclo muito importante por ter todos os elementos de sustentabilidade: econômicos, sociais e ambientais”, disse. Cariuz explicou como acontece a compostagem na Fiocruz, a partir de recolhimento de folhas, plantas, grama cortada, e que são levadas para a central de saneamento, em frente à Escola Politécnica, onde é feita a compostagem. “Nós recebemos esses materiais e temos o resultado que é um composto orgânico”. A produção do composto orgânico é, em média, de sete toneladas por mês, e é utilizado nos jardins do campus de Manguinhos.