11/04/2016
Por: Fabíola Tavares (Fiocruz Pernambuco)
Os resultados do estudo sobre usuários de crack, que buscaram ajuda em serviços de proteção social localizados em três cidades da Região Metropolitana do Recife (Jaboatão, Cabo de Santo Agostinho e Recife) e de uma cidade do agreste pernambucano (Caruaru), serão apresentados no seminário da pesquisa Vulnerabilidade de usuários de crack ao HIV e outras doenças transmissíveis: estudo sociocomportamental e de prevalência no estado de Pernambuco, nesta quinta-feira (14/04). A apresentação será no auditório da Fiocruz PE, às 9h. Os entrevistados fazem parte do Programa de Atenção Integral aos Usuários de Drogas e seus Familiares, conhecido como Programa Atitude, mantido pelo Governo de Pernambuco.
Realizado pela Fiocruz Pernambuco, com 1.062 usuários de crack, o estudo revela, entre outros dados, que a maioria dessas pessoas são homens jovens, vivendo em situação de rua e com baixa escolaridade. O tempo médio de uso de crack foi de nove anos, tendo 44% iniciado o uso da droga antes dos 18 anos de idade.
A maioria tem vínculo familiar rompido e 41% não trabalha atualmente. O conhecimento sobre o HIV é menor que o da população geral e os números de casos de HIV e sífilis positivos são maiores entre as mulheres. A pesquisa revela também que mais da metade (54%) dos participantes já usou crack transformado em pó, o chamado “virado”, que relatam causar efeito menos intenso e mais prolongado.
O objetivo do estudo foi conhecer a cultura do uso de crack e identificar as características de maior vulnerabilidade dessa população para infecção pelo HIV, sífilis, hepatites e tuberculose.
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