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Conselho Deliberativo debate desafios da MonkeyPox


30/08/2022

Gustavo Mendelshon de Carvalho (CCS)

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O coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência, Rivaldo Venâncio, apresentou um informe sobre a MonkeyPox na reunião do Conselho Deliberativo realizada em 25/8. Venâncio mostrou um quadro da evolução da doença no mundo: são mais de 45 mil casos confirmados em 102 países. Segundo ele, o Brasil ocupa hoje a terceira e caminha para a segunda posição em número de casos (4,14 mil), sendo a região sudeste a mais afetada, sobretudo São Paulo (60% dos casos), Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os dados de meados de agosto mostram que a parcela mais atingida da população é do sexo masculino, na faixa etária entre os 30 e 39 anos (1,4 mil casos). 

Rivaldo resumiu os desafios que estão colocados para o enfrentamento do surto atual da MonkeyPox, como evitar o estigma em relação as formas de transmissão e estabelecer políticas de saúde coletiva para reduzir a velocidade de disseminação. Outro ponto é a necessidade de ampliação da rede pública de diagnóstico laboratorial e da disponibilização de kits e demais insumos, fundamentais para superar as dificuldades de acesso ao diagnóstico em todo país, com exceção de São Paulo.  

De acordo com o coordenador, é importante discutir a pertinência de se decretar uma Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), para que se tenha mais recursos para o enfrentamento da doença. O informe do coordenador foi complementado por outros conselheiros e convidados, que abordaram iniciativas da Fiocruz tanto em relação a estratégias de comunicação para a sociedade sobre a MonkeyPox, quanto ao desenvolvimento de testes para diagnóstico, vacinas e medicamentos, além da possibilidade de realização de ensaios clínicos e de cursos (EAD) para a capacitação de agentes de saúde no atendimento dos pacientes.

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