05/12/2019
Fonte: Canal Saúde
O Canal Saúde completa 25 anos no próximo dia 12 de dezembro. Desde 1994, acumula um patrimônio de credibilidade e enfrenta o desafio de ampliar cada vez mais o acesso da população ao seu conteúdo. Para celebrar o aniversário, o Canal Saúde vai gravar um especial que reunirá pessoas que fizeram parte da sua história. O programa em formato de talk-show vai ser gravado na Tenda da Ciência do Museu da Vida, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Ao longo de seus 25 anos de transformações, o Canal Saúde acumulou o que seu fundador, Arlindo Fábio Gómez de Sousa, define como a maior conquista do projeto: a credibilidade. Para o professor emérito da Fiocruz, o maior patrimônio do Canal Saúde é sua “credibilidade junto à sociedade, governos, instituições e entidades. Conquistada e reafirmada ao longo dos anos pela informação qualificada e fidedigna sobre saúde, ciência, tecnologia e inovação que veicula por meio das diferentes plataformas em que está presente.”
Já a coordenadora geral do Canal Saúde, Márcia Corrêa e Castro, destaca o reconhecimento pelos atores do Sistema Único de Saúde (SUS). “Considero a principal conquista do Canal Saúde o reconhecimento que hoje a gente tem do Conselho Nacional de Saúde (CNS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), de tantos outros conselhos de saúde do país e o reconhecimento da própria Fiocruz.
A jornalista Márcia Corrêa e Castro é a atual coordenadora do Canal Saúde (Imagem: Canal Saúde)
Sobre os obstáculos, o professor Arlindo acredita que o maior desafio do Canal Saúde atualmente é “ampliar ainda mais o acesso livre à sua programação. Estamos expandindo. Além da recepção por antena parabólica, pela internet e o uso das redes sociais, estamos incorporando o conjunto de outras tecnologias e plataformas hoje disponíveis no campo da comunicação, como o aplicativo do Canal Saúde que lançamos recentemente. E estamos buscando fortalecer, em especial, a nossa transmissão entre os canais abertos e a nossa entrada nos canais por assinatura, visando aumentar a nossa contribuição para o fortalecimento da cidadania, em especial o direito à saúde de cidadãos e cidadãs onde chega a mensagem do Canal Saúde.”
A coordenadora do Canal faz coro ao apontar o acesso como principal desafio do Canal. Para ela é fundamental chegar a um número mais expressivo de brasileiros. “Nosso maior desafio hoje é ser acessível para a maior parte da população, coisa que infelizmente ainda não somos”, pontua.
Na comemoração de seus 25 anos, o Canal Saúde vai gravar um programa especial que irá discutir as conquistas e desafios da emissora e da Comunicação Pública. Em formato de talk-show e com referências às suas raízes cinematográficas, o especial vai reunir pessoas fundamentais para a história do Canal como seus fundadores, Arlindo Fábio Gómez de Sousa, e o ex-presidente da Fiocruz e professor emérito da instituição, Paulo Buss.
História
O Canal nasceu de uma inquietação do controle social da saúde sobre como levar o conceito ampliado de saúde, que a define como mais do que simplesmente a ausência de doenças, à população. Partindo dessa pergunta inicial e tendo como base o tripé informação, educação e comunicação, o Canal Saúde foi a resposta apontada na 10ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1992.
A partir dessa semente, o Canal Saúde foi criado pela Fundação Oswaldo Cruz dois anos depois. No início, o Canal Saúde se resumia a um programa que exibia vídeos do acervo do Núcleo de Vídeo do então Centro de Informação Científica e Tecnológica (CICT), da Fiocruz. Em 1995 começou a produção de seu primeiro programa próprio, em parceria com a TV Educativa do Rio de Janeiro, a TVE, hoje TV Brasil. E em 1997 entrou na era digital começando a transmitir na internet em seu recém-criado site.
Com os objetivos de divulgar o conceito ampliado de saúde, democratizar o acesso ao debate público sobre saúde e fortalecer o controle social, o Canal Saúde teve uma moção aprovada solicitando sua transformação em emissora de TV aberta na 11ª Conferência Nacional de Saúde, em 2000. Em 2008, o Canal Saúde foi convidado pelo Ministério da Saúde para participar do Programa de Inclusão Digital (PID) e passou a ocupar um canal na programadora Oi TV, recebido apenas por conselhos municipais e estaduais de saúde, como contrapartida social da empresa à Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel. Em 2010 estreou sua grade de programação distribuída para todas as casas com antena parabólica de recepção digital ou mista. Já em 2015, a emissora deu mais um passo para democratizar o acesso ao seu conteúdo quando estreou no Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) no Rio de Janeiro, em Brasília e em São Paulo. Mais recentemente, em 2018, o Canal Saúde lançou seu primeiro aplicativo, ampliando o número de formas de se assistir à sua programação.
“Acho que a gente faz milagre com o orçamento que a gente tem, que não é pouco dinheiro, mas considerando os custos de uma televisão, não é um orçamento alto”, afirma Márcia Corrêa. Segundo a coordenadora, “o que a gente faz, só uma equipe com muita vontade consegue fazer”. Ela afirma ainda que “não é só a gente produzir os programas, veicular, estar na internet..., mas a gente também cria aplicativo, reformula o site.” E aponta para os projetos futuros do Canal Saúde, “a gente inventa de desenvolver games, agora quer fazer podcasts. Isso tudo a gente só consegue porque as pessoas estão a fim de fazer”, completa.
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