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Aula inaugural na Ensp debate o papel da ciência no enfrentamento das desigualdades


27/02/2020

Fonte: Ensp/Fiocruz

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É possível avançar numa agenda nacional de desenvolvimento, fortemente ancorada em ciência, num contexto de cortes financeiros, interrupção de pesquisas, queda do número de bolsas de pesquisa e saída de cientistas para o exterior? Quais devem ser as estratégias para enfrentar e reduzir as desigualdades e iniquidades sociais em saúde? Pensando em reforçar o papel da ciência como fator importante na busca de um mundo mais equitativo e no compromisso para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da ONU, a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) realizará, no dia 4 de março, às 13h30, a aula inaugural Os desafios atuais da ciência brasileira no enfrentamento das desigualdades e iniquidades sociais. O evento, aberto ao público, terá transmissão, ao vivo, pelo canal da Ensp no Youtube.
 
A aula discutirá a relação entre ciência e sociedade, e seu papel no enfrentamento de problemas, tais como: pobreza, preconceito, degradação ambiental, precariedade das condições de saúde pública, abastecimento de água, dentre outros. 
 
Para enriquecer o debate, a Ensp receberá os palestrantes Deisy de Freitas Lima Ventura, professora de Ética da Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo (USP); Paulo de Martino Jannuzzi, professor do Programa de Pós-Graduação em População, Território e Estatísticas Públicas, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas - Ence/IBGE; e Humberto Adami Santos Júnior, presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
 
A atividade será mediada pela vice-diretora de Ensino da Ensp, Lúcia Dupret. Para ela, o debate se pautará na perspectiva de contribuir para uma visão crítica sobre essa conjuntura adversa e a práxis de resistência em defesa dos princípios e valores de cidadania plena. “A ciência e o conhecimento cientifico vêm sendo desqualificados de forma direta e indireta. Queremos alertar a todos que a ciência pode e deve ser uma grande aliada no enfrentamento das desigualdades, pois cria fatores e evidências que podem auxiliar e justificar ações e políticas para a população”.
 
O diretor Hermano Castro reforça que o tema coloca em pauta enfrentamentos antigos, como a agenda atrasada do saneamento no país, e as novas emergências em saúde, citando, por exemplo, os grandes desastres decorrentes das mineradoras e epidemias como o coronavírus. “O Brasil tem um sistema de saúde que, apesar da ausência de investimentos, está preparado para responder às demandas da população. Na base do conceito ampliado de saúde, estão os enfrentamentos das grandes desigualdades que o país vive. Esperamos discutir e aprofundar todas as questões que envolvem o fortalecimento do SUS”.

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