Artigo aborda polêmica em torno do aborto entre 1890-1930, no Brasil

Debates médicos em torno do aborto existem desde o final do século 19. Em busca de explicações de como esse método contraceptivo era realizado no passado, a pesquisadora Marinete dos Santos Silva, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, analisou a temática a partir de dez teses da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, dos boletins da Academia Nacional de Medicina e de reportagens publicadas nos jornais Correio da Manhã e O Globo. A pesquisa resultou no artigo intitulado Reprodução, sexualidade e poder: as lutas e disputas em torno do aborto e da contracepção no Rio de Janeiro, 1890-1930, publicado na revista História, Ciências, Saúde - Manguinhos.

As discussões sobre aborto crimonoso, espontâneo e terapêutico surgem no início da década de 1840, segundo a pesquisadora. E, apesar das críticas, o estudo aponta que as mulheres buscavam alternativas para interromper a gravidez: sangrias, sanguessugas, compressão do ventre, entre outros métodos de cultura popular. 

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