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ArticulaFito participa de oficina sobre bioeconomia e cadeias de valor


04/04/2023

Bel Levy (ArticulaFito/Fiocruz)

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O fortalecimento da bioeconomia no Brasil esteve em pauta em Brasília, dias 28 e 29 de março, durante o encontro para planejamento operacional do projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor, uma parceria do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) com a Agência de Cooperação Técnica Alemã para o Desenvolvimento Sustentável  (GIZ), com o apoio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha. A Fiocruz participou da agenda por meio do projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais, que desenvolve em conjunto com o MDA. Representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também contribuíram com o debate sobre ações previstas até 2025. 

Fiocruz participou da agenda por meio do projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais, que desenvolve em conjunto com o MDA (foto: Divulgação)

 

“O projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor está comprometido com a bioeconomia sustentável e inclusiva na Amazônia e, por isso, tem total sinergia com o ArticulaFito. Essa articulação é muito importante para potencializar nossas ações voltadas à geração de renda e à melhoria da qualidade de vida de agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais e o desenvolvimento de seus territórios”, avalia a coordenadora técnica e executiva do ArticulaFito, Joseane Costa. 

“A cooperação entre os dois projetos é estratégica para alcançarmos resultados efetivos e duradouros nos territórios. A GIZ é uma parceira fundamental no processo de fortalecimento das cadeias de valor da sociobiodiversidade no contexto da bioeconomia na Amazônia. Hoje, o ArticulaFito está ancorado na Secretaria de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA, mas sua atuação é transversal a todo o Ministério. Certamente desenvolveremos uma oportuna e profícua agenda ao longo dos próximos anos”, adianta Tarcila Portugal, coordenadora-geral de Acesso e Conservação dos Biomas, Sociobiodiversidade e Bens Comuns do MDA. 

A diretora de projetos da GIZ, Tatiana Balzon, concorda que a parceria entre as instituições é decisiva para alavancar o desenvolvimento regional e a promoção da saúde na Amazônia: “A Fiocruz, o MDA e o ArticulaFito são parceiros estratégicos do projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor para garantir a representatividade de agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais e para promover a saúde integral nesses territórios. O evento em Brasília foi muito importante para alinharmos estratégias e pactuarmos uma agenda conjunta”.  

Assessor de Relações Institucionais da Presidência da Fiocruz, Valber Frutuoso também destaca a importância da cooperação internacional da Fiocruz com a GIZ na área da bioeconomia. “A bioeconomia está em diálogo direto com a perspectiva da Saúde Coletiva, pois o seu desenvolvimento pressupõe a garantia de condições de vida adequadas aos povos do campo, das florestas e das águas. Certamente a Fiocruz tem muito a contribuir com o projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor por meio do ArticulaFito, que tem grande potencial para se tornar um programa de intervenção social efetiva nos territórios”, conclui. 

Projeto ArticulaFito 

Iniciativa conjunta da Fiocruz com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais constitui o maior diagnóstico do potencial produtivo de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias já realizado no país. Desde 2015, 33 cadeias de valor foram mapeadas nos biomas brasileiros: são chás, colírios, repelentes, hidratantes, azeites para uso na gastronomia, dentre outros produtos que têm como matéria-prima espécies vegetais da flora brasileira.  

“O diagnóstico participativo dessas cadeias de valor envolveu agricultores familiares, extrativistas, povos indígenas, comunidades tradicionais, técnicos e gestores dos territórios, além de representantes da vigilância sanitária e das empresas e indústrias dos segmentos fitoterápico, cosmético e alimentício. Nesse processo, elaboramos coletivamente as visões de futuro das cadeias de valor mapeadas e identificamos os problemas e as oportunidades para se chegar lá - informações decisivas para a proposição de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, à promoção da saúde e ao fortalecimento da base produtiva nacional. Como resultado, e a partir da atuação de articuladores regionais e de arranjos institucionais estabelecidos nos territórios mapeados, desenvolvemos planos de ação para o fortalecimento desses sistemas, visando à inclusão social e produtiva, ao desenvolvimento regional e à promoção da saúde”, aponta Joseane Costa, coordenadora técnica e executiva do projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais. 

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