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Aborto: estudo indica necessidade de políticas públicas


30/04/2012

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Aborto: estudo indica necessidade de políticas públicas

O estudo Aborto inseguro: determinantes sociais e iniquidades em saúde em uma população vulnerável, São Paulo, Brasil, realizado pela Universidade Federal de São Paulo e a Associação para Pesquisa e Promoção da Saúde e dos Direitos da Mulher, estimou a prevalência de mulheres que recorreram ao procedimento de aborto e identificou as características sóciodemográficas associadas à prática em uma comunidade da periferia da capital paulista. Aproximadamente 70% das mulheres submetidas ao procedimento não faziam uso de métodos contraceptivos.

Os resultados, publicados nos Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz, revelam que, das 375 entrevistadas, 93 sofreram ou se submeteram a um aborto, o que corresponde a uma prevalência de 24,8%. Foram constatados também 144 abortos, dos quais 82 foram induzidos e 62, espontâneos.

O estudo foi realizado com mulheres de 15 a 54 anos e também indicou alta taxa de morbidade devido a complicações decorrentes do procedimento, principalmente hemorragias e infecções (94,12%), índice significativamente superior em comparação ao encontrado em grupos de mulheres com maior renda ou com acesso ao aborto seguro.

Os resultados da pesquisa ainda revelam iniquidades: no grupo de mulheres submetidas ao procedimento de forma insegura, a renda per capta é significativamente menor.

Saiba mais na Agência Fiocruz de Notícias.

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