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Abertura da SNCT 2022 na Fiocruz debate impacto da Covid-19


18/10/2022

Agência Fiocruz de Notícias (AFN)

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O retorno aos encontros presenciais, após dois anos de realização on-line devido à pandemia de Covid-19, foi festejado pela presidente da Fundação Nísia Trindade Lima e demais participantes da cerimônia de abertura (17/10) da 19ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2022) na Fiocruz, que acontece de 17 a 21 de outubro. Realizado na Tenda da Ciência Virgína Schall, no campus de Manguinhos (RJ), o evento foi marcado pela conferência da médica pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, com o tema Impacto da Covid-19 e o Nosso Futuro.

Reconhecida como uma das principais divulgadoras de informações confiáveis para a população durante a pandemia, Margareth participou do grupo inicial de especialistas convocados pelo Ministério da Saúde, em março de 2020, para planejar o enfrentamento da Covid-19 no Brasil. “Nos emocionamos e até choramos com depoimentos de profissionais de países que já estavam mais afetados pela doença naquele primeiro momento”, afirmou. No entanto, a médica reconhece que foi também uma oportunidade de descobrir um novo talento, “o de comunicar e transmitir conhecimentos científicos mais amplamente”. 

Na sequência, a Margareth foi convidada por um colega, que também havia participado da reunião em Brasília, para gravarem juntos um depoimento para um blog, com suas impressões sobre aquele primeiro momento da pandemia. Em algumas horas, o vídeo alcançou mais de um milhão de visualizações. Veio o convite para a primeira entrevista ao vivo para um jornal televisivo, e dai em diante a população se acostumou a ver e ouvir os esclarecimentos sobre a Covid-19 da “doutora Margareth da Fiocruz”, como ela conta que passou a ser identificada pelo público.

Ela disse que, junto com outros colegas, assumiu a tarefa comunicar e comentar as informações sobre a pandemia, “sempre com o compromisso de fazer o certo, de trazer o conhecimento científico, para responder ao medo e a ignorância sobre a doença que ameaçava (e ainda ameaça) a todos nós”. A pesquisadora fez questão elogiar a postura dos veículos de comunicação, que repercutiram as orientações dos profissionais de saúde na cobertura da pandemia. “Ajudaram a evitar o uso de medicamentos cientificamente considerados ineficazes, reforçaram a importância da vacinação e a necessidade das medidas de proteção e distanciamento social, mesmo surpresos quando recomendamos que as famílias não celebrassem o Natal em 2020”, reconheceu a pesquisadora.

Mesmo com o avanço do conhecimento científico sobre a Covid-19 (“uma pesquisa rápida na internet traz cerca de 200 mil referências bibliográficas em todas áreas, não só biomédicas, com uma grande contribuição de pesquisadores brasileiros”), Dalcomo afirma que a pandemia não acabou. Ela ressalta entre esses avanços a existência de vacinas com maior capacidade de imunização, capazes de combater novas variantes do vírus, e alerta que o país está atrasado na compra desses imunizantes, “é necessário reforçar o papel do [Sistema Único de Saúde] SUS e do [Programa Nacional de Imunizações] PNI para garantirmos um futuro mais seguro para todos”, afirmou a médica.

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