Ensp/Fiocruz passa a integrar a rede internacional ‘World Health Summit Academic Alliance’

Após passar por um criterioso processo de admissão, a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) se tornou a mais nova integrante da Aliança Acadêmica WHS - Cúpula Mundial da Saúde (World Health Summit Academic Alliance). A Escola é a primeira instituição da América Latina a se juntar à rede internacional. 

“A Ensp amplia sua atuação internacional porque os desafios postos para a saúde pública e coletiva demandam discussões, colaborações, projetos, políticas e estratégias globais. A Aliança Acadêmica WHS é um espaço de alto nível para troca e construção coletiva. Como primeira instituição da América Latina a ingressar nesta aliança, pretendemos ampliar a presença do olhar da região na agenda global de saúde“, afirma o diretor da Escola, Marco Menezes.

A Aliança Acadêmica WHS é a rede acadêmica da Cúpula Mundial da Saúde, plataforma internacional para a saúde global. Ela reúne atores-chave da política, academia, setor privado e sociedade civil de diversas áreas do mundo com o objetivo de elaborar uma agenda para um futuro mais saudável, com base em uma abordagem orientada pela ciência para o desenvolvimento da saúde global. 

“Trata-se de uma aliança de instituições importantes na área da Saúde que trabalham juntas em uma série de questões, como a saúde de migrantes e refugiados. Se juntar a essa rede com instituições historicamente dedicadas à saúde pública é uma forma de ampliar a participação da Ensp nos debates internacionais da área e tornar a Escola protagonista nas discussões em saúde global”, destaca o coordenador de Relações Internacionais da Escola de Governo em Saúde (VDEGS/Ensp), André Périssé. 

Como nova integrante da World Health Summit Academic Alliance, a Ensp terá, como atribuição, a participação ativa nas discussões da rede, tanto em formatos virtuais quanto presenciais, podendo também fomentar discussões no grupo que sejam de interesse da Escola.

Formada por instituições acadêmicas, centros de pesquisa e universidades de diversas partes do mundo, a rede tem, como objetivos, o fortalecimento do intercâmbio, o incentivo a soluções inovadoras para o enfrentamento dos desafios da saúde, a promoção da saúde global como uma questão política fundamental e o estímulo ao debate sobre saúde global no marco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A Cúpula Mundial da Saúde também promove uma conferência anualmente, em Berlim, assim como reuniões regionais em diferentes partes do mundo.

A integração da Ensp à rede poderá render bons frutos para a saúde nacional, acredita Périssé: “A partir dessa filiação, a Escola participará do debate mundial de temas relacionados à saúde pública com instituições que foram e são protagonistas na área. As trocas de experiências poderão trazer benefícios ao SUS”.

O coordenador de Relações Internacionais conta que a Ensp tem buscado ampliar a participação em fóruns internacionais de discussão e ação dentro da saúde pública. Por esse motivo, segundo ele, a Escola iniciou o processo para se juntar à rede, a partir de um contato prévio da Direção da instituição e da presidência da Fiocruz. “Após a demonstração de um interesse inicial da Ensp, a Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz) intermediou um contato inicial com a cúpula da Alliance para entender os motivos da Escola para a entrada no grupo. 

Depois disso, a Ensp submeteu um documento com várias informações solicitadas sobre a nossa capacidade instalada em relação ao ensino, pesquisa e internacionalização. O documento foi submetido internamente ao ‘board’ da Aliança, que deliberou pela aceitação da Escola a partir das informações apresentadas. Por fim, houve uma reunião em que estiveram presentes a VDEGS, representando a Ensp, a VPPCB e o presidente atual da Aliança. A resposta final da admissão veio esse ano”, relata.